Em abril, a dona de casa Zenilde Gomes dos Santos precisou passar por uma cirurgia em Santo Antônio dos Lopes para retirada do útero (histerectomia). Um mês depois, apresentou uma complicação chamada de fístula urinária - comunicação anormal entre um órgão do trato urinário e outro órgão. Sem controle ao urinar, ela precisou usar fraldas até ser submetida à cirurgia de reimplante ureteral Hospital Regional de Timbiras. Foi o primeiro procedimento do tipo realizado na unidade da rede estadual de saúde.
“Incomodava bastante a situação. Soltava a urina sem freio, passei mais de mês usando fraldas. É difícil saber que vai ficar um tempo na fralda, é um desconforto grande, mas agora estou bem. Passei por essa etapa e estou aqui para contar essa história”, conta Zenilde, de 48 anos, que agora aguarda ter alta médica para retornar para o município de Gonçalves Dias, onde mora.
O procedimento cirúrgico passou a integrar a lista de cirurgias oferecidas pelo Hospital Regional de Timbiras, que atende a Regional de Saúde de Codó, formada por Alto Alegre, Codó, Coroatá, Peritoró, São Mateus e Timbiras. “Vai ser bom para todo maranhense ter essa cirurgia lá. Fico confiante e feliz por isso. As pessoas no hospital são muito presentes e carinhosas”, testemunha a dona de casa.
Segundo o diretor administrativo do Hospital Regional de Timbiras, Sansão Pinheiro, a nova cirurgia amplia a assistência aos maranhenses através do Sistema Único de Saúde (SUS), trazendo promoção de saúde para perto das pessoas da região, que não precisarão se deslocar para a capital ou outra região do estado para ter acesso ao procedimento.
“É um avanço muito grande porque é um procedimento complexo e poucos lugares no estado fazem. Para a Região dos Cocais, vai viabilizar o procedimento em frequência maior, o que vai diminuir a fila de espera”, avalia Sansão Pinheiro.
Assim como a cirurgia reimplante ureteral, outros serviços passaram a integrar a lista de procedimentos do hospital, como a correção de orelhas proeminentes e cirurgias pediátricas. A excelência e abrangência dos procedimentos têm aumentado a procura pela unidade, inclusive de outros estados.
“Temos registros e depoimentos de pessoas do Acre, Amapá, Pará, Tocantins, Rio de Janeiro, São Paulo e do Distrito Federal, mas a maioria é mesmo da região de Codó, uma região muito carente”, destacou.
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