O Governo do Estado fez a abertura do Janeiro Roxo, nesta
segunda-feira (7), no Hospital Aquiles Lisboa. A campanha é dedicada à
conscientização e combate à hanseníase. Uma das principais formas de
combater o avanço da doença é o diagnóstico precoce e tratamento
imediato.
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, transmitida pelas vias
áreas superiores (tosse ou espirro), através do convívio prolongado de
uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa
saudável.
Em 2018, o Maranhão registrou 3.079 casos novos notificados, dos
quais 650 em São Luís, sendo o que mais diagnosticou casos no Nordeste,
fruto, principalmente, do trabalho educativo e de treinamento de
profissionais de saúde desenvolvido pelo Programa Estadual de Controle
da Hanseníase, Hospital Aquiles Lisboa (HAL) e Centro de Saúde Dr.
Genésio Rêgo.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, que participou
da abertura, reforçou as estratégias de prevenção e tratamento da
hanseníase. “O aumento nos casos mostra também que houve aumento das
estratégias de detecção, em especial através da Secretaria de Estado da
Saúde. Em São Luís, saímos de pouco mais de 400 casos em 2017 para 650,
em 2018, por causa de ações como o Mais Saúde. Muitos têm vergonha de
buscar tratamento ou não entendem o que é a doença. Isso aponta para a
necessidade de reforçarmos as informações e ações, através de campanhas
como o Janeiro Roxo”, disse o gestor.
O local escolhido para a abertura, o HAL, é referência para o
tratamento da doença em São Luís, com atendimento especializado com
equipe multiprofissional. “Damos o pontapé para um mês inteiro de ações e
repasse de informações para que todos entendam o que é a doença. Muitos
diagnósticos são tardios, acontecem já com algumas sequelas e
comprometimento”, informou o diretor administrativo do hospital, Raul
Fagner Leite da Silva.
Presente à abertura, o diretor clínico da Empresa Maranhense de
Serviços Hospitalares (Emserh), Rodrigo Lopes da Silva, reiterou a
importância da campanha. “O Maranhão ainda detém altos índices de
doenças endêmicas, por isso é importante para que possamos focar no
assunto. O Governo tem focado bastante nos últimos anos no combate,
temos muitos dermatologistas capacitados em diagnosticar a doença em
nossa rede”, ponderou.
Hanseníase
A hanseníase tem cura, porém pode causar incapacidades físicas se o
diagnóstico for feito tardiamente ou se o tratamento não for feito de
forma adequada. De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de
Controle da Hanseníase da SES, Maria Raimunda Mendonça, alguns sintomas
da doença são parecidos com outras doenças, além disto, a população
costuma dar pouca atenção às doenças de pele, buscando ajuda médica já
com a doença em estado avançado. “A hanseníase é uma doença silenciosa,
não provoca dor, por isso as pessoas demoram muito a se perceber
doentes”, informou.
O programa promove a mobilização dos profissionais de saúde para a
busca ativa de casos novos e realização de exame de pessoas próximas;
divulgado a oferta de tratamento completo no SUS; e promove atividades
de educação em saúde.
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