O Programa Farmácia Viva inaugurou, nesta terça-feira (10), um horto medicinal na Casa da Criança Menino Jesus, instalada no prédio da Fundação da Cidadania e Justiça (Funcej), em São Luís. A iniciativa nasceu de um convênio celebrado entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA). Cerca de 25 crianças entre zero e 8 anos serão beneficiadas. O projeto tem a parceria com o herbário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
“Já temos uma parceria institucionalizada com o Tribunal de Justiça, disponibilizando servidores para a Casa. Vamos disponibilizar mais para que as crianças tenham atendimento continuo e permanente. Agora, o horto é significativo, vamos permitir mais cuidados, inserindo na alimentação o que é produzido no horto. É uma ideia, também, de sustentabilidade e prevenção em saúde, como verminoses e gripes”, salientou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Lula.
Presidente da Funcej, a desembargadora Etelvina Ribeiro Gonçalves disse que o horto irá ampliar a assistência às crianças que estão na casa. “A horta vai ajudar na alimentação e na produção de remédios caseiros para dar para as crianças. Vai contribuir muito para a saúde delas. As ervas naturais ajudam para evitar outras medicações”, ressaltou.
Os funcionários da Casa da Criança Menino Jesus receberam o primeiro treinamento teórico sobre manejo e produção de medicamentos de plantas medicinais. Outras três capacitações estão previstas para as próximas semanas para completar o ciclo.
Segundo a coordenadora especial da Infância e Juventude, Lucileide Gonçalves, o horto representa um grande ganho para a saúde das crianças. “Essas crianças nossas não foram amamentadas e por isso a imunidade é baixa. Então, para nós é um ganho grande o horto. Já estamos usando chás e graças a Deus já diminuiu a despesa com antibióticos. Só temos a agradecer”, comentou. Parte das mudas será fornecida pelo Herbário da UFMA, coordenado pela farmacêutica Terezinha Rego.
A Casa da Criança é um dos projetos especiais mantidos, desde 1997, pelo Poder Judiciário do Maranhão, acolhendo e prestando assistência a crianças vítimas de maus tratos, em situação de risco ou abandono que estejam sob a guarda da Justiça. O abrigo possui estrutura semelhante ao de um ambiente familiar, com berçário e espaço para lazer e alimentação.
A instituição é vinculada à Coordenadoria Especial da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça, presidida pela desembargadora Cleonice Freire.
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