sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Unidades Prisionais de São Luís estão sem casos de suicídio desde 2014


A campanha Setembro Amarelo, com foco na prevenção ao suicídio, está sendo realizada nas 46 unidades prisionais do Maranhão. Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio do setor de Coordenação, Informação e Estatística Penitenciária (Ciep), mostra que a última morte por suicídio, registrada nos estabelecimentos carcerários da Grande São Luís, ocorreu em 2014.

“Naquele ano ocorreu 1 morte por suicídio na Triagem. De lá para cá não foram contabilizados casos por suicídio nas unidades prisionais de São Luís e isso inclui, é claro, as 9 unidades prisionais do Complexo Penitenciário São Luís”, afirmou o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Murilo Andrade de Oliveira.

Neste mês de setembro, a Seap promoveu ações eficazes, por meio do projeto ‘Visualizando Esperança’, que proporcionaram aos internos momentos de conscientização e reflexão pela valorização à vida. Só em São Luís, o projeto é executado em 14 unidades prisionais para 5.680 custodiados.

O grande ápice da campanha foi o dia D, que ocorreu 10 de setembro, quando as unidades promoveram palestras, rodas de conversas e exibição de filmes abordando a temática, visto que o suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, mas que pode ser prevenido.

“O psicólogo tem um olhar diferenciado para conduzir e tratar com o interno da melhor forma possível, realizando uma análise do estado de saúde psicológico dele logo na entrada ao sistema prisional. Ele é atendido conforme o diagnóstico avaliado pelo profissional”, explica a psicóloga Ilana Helen Moraes.

O projeto Visualizando Esperança foi implementado desde 2018 e funciona em 41 unidades prisionais do estado. A proposta da exibição de filmes é utilizada como terapia, com o intuito de proporcionar reflexões e novos aprendizados aos internos, além de combater o ócio. Com este foco, é trabalhado assuntos como depressão, doenças mentais, vida em sociedade e relacionamento familiar.

A Supervisão Psicossocial da Seap é responsável pela promoção de ações educativas e preventivas, que são imprescindíveis para manter a integridade física e psíquica das pessoas privadas de liberdade.

Nesta perspectiva, desde a entrada no sistema prisional, os internos são avaliados por multiprofissionais, incluindo psicólogo, assistente social e psiquiatra. Para garantir a prevenção, a cada seis meses os internos são reavaliados e fica disponível o atendimento psicológico nas unidades.

Em caso de distúrbios ou doenças psicológicas, os internos são acompanhados pelos profissionais do setor psicossocial e recebem a medicação das unidades básicas de saúde. Em casos mais graves, eles são direcionados à internação em hospitais especializados.

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