quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Maranhão registra forte aumento nas áreas de seca, aponta Monitor de Secas

 


Monitor de Secas aponta que baixo volume de chuva em março e no último trimestre no Maranhão causa expansão das áreas de seca fraca para o sul e o norte do estado, onde os impactos são de curto prazo.

No centro do estado, os impactos são de curto e longo prazo. Entre julho e agosto, a área com seca fraca cresceu significativamente, passando de 53,65% do território maranhense para 87,57% – maior percentual desde janeiro de 2018, quando todo o estado registrou seca.

O Mapa do Monitor demonstra que houve aumento em 12 das 19 unidades da federação acompanhadas. São elas: Alagoas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Em termos climatológicos, agosto é um mês seco nas unidades da Federação que compõem o Mapa do Monitor, exceto no litoral leste do Nordeste e em grande parte do Sul. Em muitos desses locais, os valores climatológicos de precipitação são inferiores a 20mm: Piauí, Ceará, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, norte de Mato Grosso do Sul, centro-sul do Maranhão e oeste do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Por outro lado, agosto é o último mês do período chuvoso no litoral leste do Nordeste, na faixa que se estende desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, com valores de precipitação mensal acima de 150mm. No Sul a precipitação esperada varia, em média, de 50 a 150mm.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por esse tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do País são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para incluir outras regiões.

No Maranhão o Laboratório de Meteorologia do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (LABMET-UEMA) é o órgão que atua no Monitor de Secas.

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