O juiz Ivis Monteiro Costa, titular da Comarca de Monção, realizou duas sessões do Tribunal do Júri em Peri Mirim, termo judiciário, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. Os julgamentos ocorreram na Câmara de Vereadores da cidade e apresentaram como réus Ednaldo Nunes Sousa e Isael de Jesus Silva Santos. Na primeira sessão, o réu Edinaldo estava sendo acusado de ter matado Lenivaldo de Jesus Nunes, com um disparo de arma de fogo. Ednaldo Nunes foi considerado culpado pelo conselho de sentença e recebeu a pena de 15 anos e 9 meses de reclusão, a ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. Narra a denúncia que o crime ocorreu em 18 de novembro de 2002.
No dia anterior, a vítima, acompanhada de uma senhora, ateou fogo no campo para caçar jurará, sendo que o fogo se alastrou e, embora aqueles tivessem tentado apagar, não conseguiram, ocasião que retornaram para casa e foram dormir na varanda da casa do denunciado. Quando já era madrugada, Ednaldo apareceu e aproximou-se de Lenivaldo, efetuando o disparo de arma de fogo, atingindo-o na região do pescoço, ocasionando-lhe a morte. Não satisfeito, o denunciado tratou de correr atrás da mulher que acompanhava Lenivaldo, portando um facão, com o intuito de matá-la, mas ela conseguiu fugir.
TENTOU ENTRAR COM UMA BURRA NA FESTA
Na segunda sessão, o conselho de sentença decidiu pela absolvição do réu Isael de Jesus Silva Santos, que estava sendo julgado sob acusação de ter praticado crime de homicídio que vitimou Onax dos Inocentes Pereira, fato ocorrido em 15 de fevereiro de 1999. Narrou o inquérito policial que, na data citada, o acusado tentou entrar em uma festa montado em uma burra, animal que servia-lhe de montaria. A vítima Onax, após bater na anca da burra, advertiu ao acusado que ele não poderia entrar no salão de festa montado no animal, iniciando uma discussão.
Algumas pessoas que estavam por perto acalmaram a situação momentaneamente. Contudo, ressentido pela briga, o denunciado investiu com uma faca contra a vítima, quando esta caminhava próximo ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Peri Mirim, desferindo-lhe alguns golpes que ocasionaram-lhe morte.
Atuaram nas sessões a promotora de Justiça Raquel Madeira Reis, na acusação dos réus. Na defesa, trabalharam os advogados José Antônio Ribeiro Júnior, no júri do dia 29, e Fábio César Carvalho, no júri do dia 1º.
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