terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Parlamentares repercutem acusações de assédio sexual envolvendo o vereador Domingos Paz

 


Na sessão ordinária desta segunda-feira (19), o vereador Nato Júnior (PDT) subiu à tribuna para comentar as recentes discussões envolvendo as acusações de assédio sexual contra o vereador Domingos Paz.

Ao iniciar o discurso, Nato Júnior, que também é presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, destacou que vem sendo muito cobrado para emitir um posicionamento acerca das acusações, mas pontuou que, antes, é preciso conhecer atentamente os fatos para tomar as providências cabíveis.

“Na sexta-feira fomos acionados e, tão logo isso aconteceu, demos encaminhamento para que a Mesa Diretora notificasse o vereador acerca desta investigação. Estamos oficiando hoje a Casa da Mulher Brasileira e a Delegacia da Criança e do Adolescente para que nos forneçam as informações necessárias”, pontuou.

O vereador afirmou que irá apurar os fatos e que não haverá corporativismo, nem sensacionalismo em cima dos acontecimentos. “Não temos qualquer objetivo de buscar promoção em cima desse caso, queremos conhecer os fatos detalhadamente para tomarmos as providências cabíveis”, disse.

Em seguida, a vereadora Concita Pinto (PCdoB), que é Procuradora da Mulher da Câmara de São Luís, também afirmou estar sendo cobrada para emitir um posicionamento sobre o caso.

“Assim como o vereador Nato Júnior, eu também estou solicitando informações aos órgãos que estão investigando o caso, para que eu possa emitir um posicionamento justo diante dos acontecimentos”, disse.

Posteriormente, o co-vereador Jhonatan Soares, do Coletivo Nós (PT), também se pronunciou sobre o assunto, enfatizando que a defesa dos direitos das mulheres, bem como de crianças e adolescentes, deve ser uma pauta prioritária para os debates da Câmara.

“O Coletivo Nós se posicionou assim que soube das notícias. Não nos posicionamos porque estávamos sendo cobrados, mas sim porque entendemos que temos uma obrigação ética e moral, como representantes do povo, de dar respostas à sociedade sobre qualquer situação que envolve os vereadores e a nossa população. A pauta é gravíssima sobre a problemática que traz, são denúncias de estupro e assédio, que envolvem criança e adolescente”, disse.

O co-vereador pontuou que é evidente que a Câmara precisa seguir os ritos próprios do processo de investigação, e afirmou que a Justiça precisa dar celeridade e fazer o seu papel. “Temos uma convicção de que fomos eleitos não para nos esquivarmos em situações complicadas, mas para não fugir do debate quando de nós é exigida uma tomada de decisão”, afirmou.

Ainda sobre o tema, a vereadora Silvana Noely, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, iniciou seu discurso afirmando que conhecia o vereador Domingos Paz há muitos anos e conhecia sua luta para ocupar uma das cadeiras de vereador da Casa e, por isso, ele, mais do que ninguém, sabe que a vereadora não tem intenção de prejudicá-lo.

“O nosso posicionamento é para que seja realizada uma apuração imparcial e justa, respeitando o direito à defesa e ao contraditório. Em nenhum momento o vereador Domingos Paz foi silenciado. Minha parte como legisladora e mulher eu fiz. Não há culpados até o momento. Há uma investigação, e esperamos os desdobramentos, confiando no trabalho da Polícia Civil e da Justiça”, afirmou.

Silvana Noely se colocou à disposição dos colegas vereadores para discutir os fatos obtidos até o momento e encerrou o discurso perguntando que ganhos pessoais teria ao pedir o afastamento do parlamentar.

“Respeito o gabinete do vereador, respeito sua eleição e sua família. Não é nada pessoal. Pedi o afastamento para que não haja interferência nas investigações. Existe uma população que me colocou aqui e é a ela que eu devo me reportar”, concluiu.

O vereador Marcial Lima pediu seriedade e celeridade nas investigações. “As posições estão sendo adotadas claramente, como manda o regulamento da Casa, o Regimento Interno da Câmara. E eu não tenho dúvida de que o caso terá uma investigação digna e séria, independentemente de ser um vereador”, defendeu.

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