Acusados de homicídio e feminicídio serão julgados nesta semana em Colinas

 

Foto Reprodução

O juiz Sílvio Alves Nascimento, titular da 1ª Vara de Colinas, preside nesta semana duas sessões do Tribunal do Júri na unidade judicial. No dia 19 de abril, quarta-feira, o réu será Ygor Erielton Lima. Ele será submetido a júri popular sob acusação de prática de crime de homicídio, que teve como vítima Antônio Carlos Guimarães, fato ocorrido em 22 de novembro de 2020, no Bairro Liberdade, em Colinas. Destacou a denúncia que, na data e local citados, um homem identificado como Maxwel Anthunes, com auxílio de Ygor Erielton, ceifou a vida de Antônio Carlos, mediante vários disparos de arma de fogo.

De acordo com a investigação policial, no dia dos fatos, a vítima estava com sua companheira na calçada em frente à sua residência, quando chegaram dois indivíduos em uma motocicleta Honda Pop 110, cor vermelha, que estaria sendo conduzida por Ygor, conhecido pelo apelido de ‘Revoltado’ e, na garupa estaria Maxwel, eventual autor dos disparos que atingiram a vítima. Antônio Carlos ainda foi levado ao hospital, tendo morrido no caminho. A testemunha ocular, companheira da vítima, presenciou quando Maxwel efetuou vários disparos de arma de fogo, com o apoio do segundo acusado Ygor.

Destacou que, um dia antes do fato criminoso, ocorreu uma briga durante um show na Praça da Igreja Matriz, quando um parente da vítima teria provocado a namorada do acusado Maxwel, que ainda teria levado um soco de Antônio Carlos. Afirmou que, na manhã do dia seguinte, olhou os acusados dando voltas em uma motocicleta na sua rua como se estivessem procurando por Antônio Carlos, podendo ter sido esse o motivo que acarretou a morte do seu companheiro. O processo de Maxwel foi desmembrado.

FEMINICÍDIO

No segundo júri da semana, marcado para o dia 20 de abril, o réu será Joilton Silva, acusado de crime de feminicídio que vitimou Valdene Silva dos Santos, sua companheira. O crime ocorreu em 3 de junho de 2022, em Colinas, e foi praticado mediante uso de arma de fogo. O crime foi consumado na frente do filho do casal, de apenas 13 anos de idade. De acordo com a investigação policial, no dia do fato, a polícia militar foi acionada para averiguar possível feminicídio ocorrido no Bairro Vila Brandão e, ao chegar no endereço indicado, encontrou o cadáver na residência, ocasião em que iniciou buscas para localizar o acusado que empreendeu fuga, sendo este encontrado na manhã do dia seguinte, no quintal da casa de um familiar.

Após a captura do acusado, os policiais encontraram uma arma do tipo ‘calibre 38’ no mesmo local da prisão, com 4 munições intactas. O filho do casal disse que presenciou quando o seu pai matou a sua mãe na madrugada. Destacou que seus pais iniciaram uma discussão na noite anterior, pois Joilton queria ver o celular da mulher e ela não deixou. O adolescente ouviu seu pai falar que estava sendo traído. Ele afirmou que a briga se intensificou quando a sua mãe disse que chamaria a polícia, momento em que o acusado teria disparado duas vezes contra a sua mãe, atingindo-a nas costas.

Em depoimento, o denunciado registrou que era companheiro de Valdene e que estava suspeitando que ela mantinha um relacionamento extraconjugal com outro homem. Destacou que, no dia do fato, já estava com a sua arma na cintura com o intuito de flagrar Valdene e o tal homem, momento em que teria presenciado a traição e sacado uma arma. Disse que o homem correu e pulou o muro, mas confessou que atirou nas costas e na cabeça da vítima. A cunhada de Joilton disse que ele  sempre foi uma pessoa ciumenta desde o início do relacionamento com a sua irmã.

As sessões serão realizadas no Salão do Júri do Fórum de Colinas. Além do juiz que vai presidir os júris, atuarão o promotor Carlos Alan da Costa Siqueira, na acusação, e os advogados Luís Emídio Lima de Sousa Filho, Rodrigo Paiva de Oliveira e Alexsandro Pereira, na defesa dos réus.