quarta-feira, 24 de maio de 2023

Maranhense foi mantida pela prima por 15 anos sob condição de escravidão

 


Uma jovem de 27 anos foi resgatada nesta terça-feira (23) pela Polícia Civil após ser mantida em cárcere privado e em situação análoga à escravidão por 15 anos em uma residência no bairro Ilhotas, Zona Sul de Teresina.

A suspeita de manter a jovem nessas condições se chama Francisca Danielly Mesquita Medeiros, servidora pública, ex-candidata a deputada federal no Piauí e madrinha da vítima. Ela foi presa em decorrência de um mandado de prisão temporária.

O delegado Odilo Sena, titular do 6º Distrito Policial de Teresina, afirmou que a mulher vivia desde os 12 anos de idade em condições degradantes.

“Recebemos a denúncia através de uma pessoa próxima à vítima, abrimos o inquérito policial e iniciamos as investigações que chegaram a este caso estarrecedor. Essa jovem desde os 12 anos de idade vivia em cárcere privado, sendo obrigada a realizar todas as tarefas domésticas, onde a dona da casa a mantinha sob constantes ameaças, além das torturas físicas e psicológicas”, disse.

Segundo o delegado, Janaína foi mantida presa dos 12 aos 27 anos de idade, trabalhava manhã, tarde, noite e até de madrugada, sem direito a sair e não ganhava salário.

“Foram 15 anos de intenso sofrimento. Felizmente, essa situação vai acabar agora e Francisca Danielly vai responder por tortura física e psicológica, redução à condição análoga de escravo e também cárcere privado”, acrescentou.

Durante depoimento, a vítima relatou que foram pouquíssimas as vezes que tinha autorização para sair de casa. Ela também era proibida de frequentar a escola. Na residência, além dos trabalhos domésticos, também era a responsável pelos cuidados do filho da acusada, que é autista.

Natural da zona rural do município de Chapadinha, do Maranhão, Janaína veio para Teresina com a promessa de uma vida melhor. A família já havia tentado outros meios de resgatá-la, mas sem sucesso.

“Os pais da vítima são de baixa renda e possuem poucas instruções. A acusada, que é prima de 2º grau da jovem, a trouxe para capital e, posteriormente, passou a esconder informações sobre o paradeiro da moça”, completou Odilo.


Fonte: difusoraon

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