quarta-feira, 26 de abril de 2017

Rejeição a Michel Temer chega a 87%, segundo pesquisa Ipsos


O presidente Michel Temer alcançou, em abril, a maior taxa de rejeição do seu governo, com 87%, segundo pesquisa Pulso Brasil, realizada pela Ipsos.  Comparando o número atual de reprovação do peemedebista com o de março, percebe-se uma elevação de nove pontos percentuais neste quesito (de 78% para 87%). Já o indicador de favorabilidade a Temer teve queda de sete pontos percentuais de um mês para outro (de 17% para 10%).
O levantamento também revela que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reverteu seu crescimento de popularidade. A desaprovação ao petista aumentou cinco pontos percentuais em abril na comparação com o mês anterior e atingiu 64%, enquanto sua aprovação caiu quatro pontos percentuais passando de 38% para os atuais 34%.
“Os indicadores são muito ruins para Michel Temer. A ascensão de Lula parece ter sido atingida pelas delações da Odebrecht e sua desaprovação voltou a subir. Todos os demais políticos tiveram piora, o que abre um espaço cada vez maior para outsiders”, comenta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.
A pesquisa avaliou outros politicos, entre os quais o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que continua sendo o mais rejeitado, com índice de 90%, seguido pelo Michel Temer com 87%, pelo senador Renan Calheiros, que soma 82%, e pela ex-presidente Dilma Rousseff que possui 77% de reprovação.

Analisando os números de nomes que já se candidataram à presidência, Aécio Neves (foto) se destaca, negativamente, como o tucano com maior taxa de desaprovação – 76%, alta de dois pontos percentuais sobre o mês passado. Na sequência, está José Serra – que manteve os 70% de março – e por último, Geraldo Alckmin com 68% (acréscimo de um ponto percentual). Marina Silva, da REDE, é a única que teve uma melhora em abril, com 58% de rejeição (queda 4% em relação a última edição do estudo).
Outras personalidades também foram analisadas quanto ao índice de desaprovação e aprovação, como Rodrigo Maia (53% e 3%, respectivamente); Ciro Gomes (52% e 11%, respectivamente); Romário (51% e 18%, respectivamente); Romero Jucá (50% e 3%, respectivamente); Henrique Meirelles (50% e 5%, respectivamente); Jair Bolsonaro (48% e 9%, respectivamente); Jeans Wyllys (46% e 4%, respectivamente); Marcelo Crivella (46% e 12%, respectivamente); Roberto Justus (45% e 14%, respectivamente); Alexandre de Moraes (43% e 6% respectivamente); Gilmar Mendes (43% e 3% respectivamente); Paulo Skaf (43% e 5%, respectivamente); Rodrigo Janot (43% e 21%, respectivamente); João Dória (40% e 14%, respectivamente) e Carmem Lúcia (34% e 23%, respectivamente).
O estudo ainda aponta uma piora na avaliação do governo federal, já que 75% dos brasileiros classificam-no como ruim e péssimo. A opinião pública continua com percepção muito negativa da situação do país – para 92% dos entrevistados, o Brasil está no rumo errado.
A pesquisa da Ipsos contou com 1200 entrevistas presenciais em 72 municípios brasileiros. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
Sobre a Ipsos – A Ipsos é uma empresa independente global na área de pesquisa de mercado presente em 88 países. A companhia tem mais de 5 mil clientes e ocupa a terceira posição na indústria de pesquisa. Maior empresa de pesquisa eleitoral do mundo, a Ipsos atua ainda nas áreas de publicidade, fidelização de clientes, marketing, mídia, opinião pública e coleta de dados. Os pesquisadores da Ipsos avaliam o potencial do mercado e interpretam as tendências. Desenvolvem e constroem marcas, ajudam os clientes a construírem relacionamento de longo prazo com seus parceiros, testam publicidade e analisam audiência, medem a opinião pública ao redor do mundo.

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