Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), obtido pela revista Veja, aponta transações bancárias do senador eleito Flávio Bolsonaro
(PSL-RJ) que estariam acima da sua capacidade financeira. Segundo o
documento, o filho do presidente teria movimentado mais de R$ 632 mil
entre agosto de 2017 e janeiro de 2018.
O valor recebido, nos
cálculos do órgão, está cerca de R$ 90 mil acima do que ele teria
recebido com seu salário de deputado estadual e sua atividade como
empresário, em uma franquia da marca de chocolates Kopenhagen. Segundo a
revista, o relatório do Coaf não informa se uma nova fonte de dinheiro,
além das duas atividades, foi identificada.
A revista ainda rebate uma afirmação, que Flávio sustentou em uma entrevista à TV Record
que foi ao ar no dia 20 de janeiro, de que ele teve rendimentos maiores
como empresário do que como deputado. Segundo o relatório citado na
reportagem, no período de seis meses analisado Flavio teria recebido R$
131 mil com seus salários na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), e R$ 120 mil com a empresa.
A
reportagem ainda afirma que o rendimento com a loja declarado pelo
deputado, de R$ 20 mil por mês, está acima da média de outras franquias
da mesma marca. Segundo "fontes do mercado" ouvidas pela revista, o
lucro das lojas da franquia no Rio variam de R$ 8,4 mil a R$ 10 mil
mensais.
Apartamento. Após revelações de que teria recebido depósitos fracionados em sua conta bancária, que totalizaram R$ 96 mil, Flávio disse que a origem do dinheiro seria a venda de um apartamento no Rio de Janeiro. O comprador do imóvel confirmou o pagamento em espécie, conforme confoirmou o Estado. Sobre as novas revelações de transações bancárias suspeitas, o filho do presidente não se pronunciou.
FONTE: Estadão
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