quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

SES registrou quase 10 mil atendimentos durante campanha de combate à hanseníase


A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível gratuitamente na rede de saúde. Durante o Janeiro Roxo, campanha dedicada à conscientização e combate da doença, o Governo do Maranhão registrou 9.817 atendimentos em 60 municípios maranhenses.

O diagnóstico da hanseníase é realizado por meio do exame clínico e epidemiológico. A doença se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, como lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés.

As atividades contemplaram, também, os municípios que apresentam risco 1, ou seja, com mais de 15% de casos detectados de hanseníase, como Açailândia, São Luís, Imperatriz, Codó, Barra do Corda, Timon e, ainda, municípios do Plano Mais IDH, que contam com equipes da Força Estadual de Saúde (FESMA).

“Conseguimos identificar mais de 200 casos em janeiro, entre estes também em crianças. As pessoas estão procurando o diagnóstico e o tratamento [da hanseníase], muito por conta das campanhas de conscientização, identificando em si os sintomas, o que mostra também uma quebra no preconceito”, avaliou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES, Maria Raimunda Mendonça.

De acordo com o resultado parcial da campanha, foram confirmados 201 casos de hanseníase, sendo 20 em menores de 15 anos. “Todos os anos diagnosticamos mais casos, em especial os mais avançados, e conseguimos tratar todos. Hoje lutamos para fazer a detecção ainda no início da doença, quando a transmissão é reduzida”, complementou a coordenadora. Os dados foram registrados até 25 de fevereiro.

O Hospital Aquiles Lisboa (HAL) e o Centro de Saúde Dr. Genésio Rêgo são referência estadual para o tratamento da doença em São Luís.

O HAL mobilizou a população para detecção precoce da hanseníase. Palestras, cineminha, pintura em tela com o grupo de autocuidados para os internos do hospital, ações educativas no Anjo da Guarda, além de ação social na Associação Comunitária do Itaqui-Bacanga (ACIB) promoveram o diagnóstico e tratamento da doença.

“Durante o mês de janeiro foram detectados no Aquiles Lisboa 10 casos de hanseníase. Somente em São Luís, em 2018, foram registrados 650 casos, o que é um grande desafio. Com o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento correto, temos conseguido avançar no combate à doença”, explicou o diretor administrativo do hospital, Raul Fagner Leite da Silva. Atualmente, 203 pacientes realizam tratamento especificamente para hanseníase na unidade.

Hanseníase
A hanseníase é uma doença que atinge principalmente a pele e os nervos, podendo afetar a face, os braços, as pernas, as mãos e os pés. Se não for tratada, ela pode causar incapacidades ou deformidades nas mãos, nos pés, no nariz, nas orelhas ou nos olhos.

Os principais sintomas são manchas esbranquiçadas ou avermelhadas espalhadas pelo corpo, manchas dormentes (com diminuição da sensibilidade), dormência nos pés, caroços ou inchaço nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos.

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