segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Mais de R$ 30 milhões são investidos na construção de novas Escolas Dignas no Maranhão


Da zona urbana, aos povoados, assentamentos e quilombos, o Programa Escola Digna do Governo do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) e Educação (Seduc), tem construído uma nova realidade para o ensino no Estado.

A substituição das escolas de taipa, com estrutura precária, que antes simbolizava total esquecimento pelo poder público com essas comunidades, é um capítulo que ficou no passado para 37 cidades maranhenses que estão com obras em andamento. Somente neste ano, são mais de R$ 30 milhões investidos na construção de 65 novos prédios educacionais, distribuídos em 37 cidades, beneficiando 46 povoados, 8 assentamentos, 9 aldeias indígenas, 1 quilombo e 1 unidade na zona urbana.

Regiões como a Baixada Maranhense, Centro e Sul do Estado estão sendo beneficiadas com as obras em execução. Na cidade de Bom Jardim, as aldeias Ticarambu e Awa Guajá e nos povoados Oscar e Centro do Nascimento, a comunidade espera ansiosa a entrega das novas unidades. Em Codó, os povoados Angico e Macacos estão com obras avançadas, chegando a 95% dos serviços já executados. Em Timbiras, o povoado Bacabeira; e em Santa Luzia, o povoado Chapada do Joaquinzão também seguem com obras já em fase de finalização.

“O Programa Escola Digna devolve a dignidade aos nossos estudantes, professores e técnicos com um espaço que substitui as estruturas precárias de ensino por um local que estimula o processo de aprendizagem e que vai garantir um futuro promissor para os nossos jovens quebrando as barreiras do atraso”, ressaltou Felipe Camarão, secretário Estadual de Educação.

A quantidade de salas em cada unidade é feita de acordo com a realidade estudantil das comunidades. Todas as escolas possuem uma estrutura composta por uma cantina, setor administrativo, biblioteca, pátio e quatro banheiros, sendo dois deles com toda a estrutura para receber pessoas com deficiência e assim garantir mais inclusão social, além do SPDA, o Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas.
O Programa Escola Digna tem mudado a educação no Maranhão, através de intervenções, reformas e com a substituição de estruturas precárias por um espaço adequado e confortável para alunos e servidores.

Lista das 65 Escolas Dignas em construção por município

Afonso Cunha (02)
Aldeias Altas (01)
Amarante do Maranhão (02)
Aragauanã (01)
Arame (03)
Barra do Corda (02)
Bom Jardim (04)
Bom Lugar (02)
Brejo (02)
Cachoeira Grande (03)
Cajarí (01)
Centro Novo do Maranhão (01)
Codó (02)
Formosa da Serra Negra (01)
Governador Newton Bello (01)
Grajaú (01)
Icatu (01)
Itaipava do Grajaú (04)
Itapecuru-Mirim (01)
Itinga do Maranhão (03)
Junco do Maranhão (01)
Matinha (01)
Matões do Norte (01)
Mirador (01)
Montes Altos (01)
Pirapemas (01)
Presidente Juscelino (02)
Presidente Vargas (02)
Rosário (01)
Santa Luzia (04)
São Benedito do Rio Preto (02)
São Bento (02)
São Francisco do Brejão (01)
São João Batista (01)
São João do Carú (01)
São Vicente Férrer (02)
Tasso Fragoso (01)
Timbiras (02)


VÍDEO: Josimar de Maranhãozinho se envolve em confusão no interior do estado


O vídeo foi gravado por uma pessoa que estava no local do show e narra a confusão envolvendo o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL-MA).

O tumulto foi no município de Araguanã, distante aproximadamente 252 quilômetros da capital São Luís.

No vídeo aparece o parlamentar maranhese batendo violentamente na lataria do carro, no capô do carro, e brigando com alguém que está dentro do veículo.

Ainda não se tem a confirmação do que teria levado o comportamento agressivo por parte de Josimar de Maranhãozinho. Existe a hipótese de que teria sido porque o cantor Raí, da banda Saia Rodada, que fazia o show na arena, não teria mandado um alô para o deputado, possibilidade descartada a partir de um vídeo já encaminhado ao blog. Veja:



Outra hipótese levantada foi uma briga entre o parlamentar e seguranças, que trabalhavam na festa ou para o próprio deputado, informação não confirmada.

O deputado Josimar de Maranhãozinho também estaria embriagado.


Mulher morre atropelada na Avenida dos Portugueses, um dos braços da BR 135



O acidente aconteceu na noite deste domingo (29), na Avenida dos Portugueses, na Área Itaqui-Bacanga. É também um dos braços da BR 135, portanto uma rodovia federal.

A vítima do atropelamento foi identificada por Elcine Duarte Silva, ela teria 40 anos de idade e atravessava a pista quando foi atropelada por um motociclista. A vítima era moradora do Bairro de Fátima e atravessava no local adequado, na faixa de pedestre.

O motociclista após o acidente foi arremessado a uma distância de aproximadamente 100 metros. Ele teria sido identificado por Carlos Eduardo Costa, foi socorrido e encaminhado ao Hospital Socorrão I.

LATROCÍNIO: Presos principal suspeito de assassinar vigia no Araçagy


A Polícia Civil conseguiu identificar os autores do latrocínio, (roubo seguido de morte), que teve como vítima o vigia Dimas Pereira Burgos, morto a tiros em agosto deste ano no Araçagy. 

De acordo com o delegado Walter Wanderley do 21° DP, responsável pela área, o crime teria sido cometido pelos homens identificados como José Jonatha Mendes Sales, 23 anos conhecido como "Jonatha", José Marcos Guariba Rego, 18 anos, o "Marquinho" e um adolescente de 16 anos.

Segundo as investigações da polícia, os três entraram na casa onde a vítima trabalhava com o objetivo de roubar. Já dentro do imóvel eles se depararam com a vítima e "Marquinho" teria efetuado os disparos que resultaram na morte de Dimas.  

Os suspeitos são moradores da Vila Luizão e foram identificados por meio de vídeos obtidos pela polícia, onde eles aparecem na cena do crime." Marquinho " já responde na Justiça a um outro processo por estupro de vulnerável.





Identificados suspeitos de envolvimento na morte de PM em loja de celulares


Dois homens foram identificados pela Polícia Civil por suspeita de participação no latrocínio, roubo seguido de morte, do policial militar Wanderson Monteiro dos Santos Silva, ocorrido na última segunda-feira (23).
Pedro Vinícius da Silva e Emerson Santos de Sousa estariam dentro de uma loja de celulares em Imperatriz onde o PM, que era lotado no 30° Batalhão de Polícia Militar de Buriticupu, foi alvejado. No dia do crime, o policial percebeu a presença dos atiradores e ainda tentou sair do campo de visão deles, quando foi surpreendido por Pedro Vinicius e atingido na cabeça.
Ambos foram identificados através das câmeras de circuito interno do estabelecimento. Pedro, vulgo Olho de Gato, foi o primeiro a ser qualificado, ele já era conhecido no meio policial. Para Emerson, foram feitas pesquisas em bancos de dados a fim de identificá-lo.
O Comando da Polícia Militar por meio do Comando de Policiamento de Área do Interior 3 ( CPAI-3) e suas unidades subordinadas também estão desenvolvendo ações táticas e estratégicas para localizar e prender o suspeito do crime.
Em nota, a Polícia Militar do Maranhão disse que “apesar do pouco tempo na corporação [Wanderson] demostrou ser um militar amigo e aplicado no desempenho das diversas funções que exercia, principalmente na missão de servir e proteger o próximo e a sociedade em geral”.
Sobre o caso, ouça mais detalhes repassados pelo delegado Praxísteles Martins a respeito da identificação dos suspeitos;
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Bolsonaro se nega a dar entrevista até ‘matéria real do que aconteceu na ONU’


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não falou com os jornalistas na saída do Palácio do Alvorada nesta 2ª feira (30.set.2019). A justificativa, segundo ele, é a “deturpação” dos fatos feita pela mídia. “Imprensa, eu gosto muito de vocês, mas tudo é deturpado. Quando vocês fizerem uma matéria real do que aconteceu na ONU, eu dou entrevista a vocês”, disse aos presentes.
Bolsonaro se referia à cobertura do seu discurso de abertura na Assembleia das Nações Unidas, na última 3ª feira (24.set.2019). Na semana passada, ele avaliou sua fala no evento e disse que não foi ofensivo com ninguém. “No meu entender, 1 discurso objetivo e patriótico, diferente de presidentes que me antecederam, que iam lá para serem aplaudidos e nada além disso”, afirmou.
O presidente falou e tirou foto com apoiadores na porta do Alvorada por 6 minutos. Na conversa, disse que sua posição “não é fácil”, mas que está fazendo “o melhor possível”. Também reclamou da atuação dos jornais.
“Eu sabia as dificuldades, dos problemas, do aparelhamento do Estado, da dívida interna monstruosa, da oposição de grande parte da mídia, que só tem ódio pra 1 lado. Muitas vezes, eu nem falo nada e já é manchete. Daí pra dizer que a mentira é muito grande, aí diz que eu recuei”, afirmou.
FONTE: Poder 360

As batalhas (e derrotas) que a Lava Jato deve enfrentar no STF até o fim do ano


A semana que passou foi de seguidas derrotas para a operação Lava Jato, com derrubadas a vetos da lei de abuso de autoridade, a iminente anulação de uma série de sentenças que envolvem delação premiada e a mácula que agora pesa sobre Rodrigo Janot, o ex-procurador-geral que deu início à apuração e que recém admitiu que cogitou matar o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. O cenário negativo pode se prolongar pelos próximos dois meses, devido a previsão de julgamentos do STF. Entre outubro e novembro a Corte pode julgar um pedido de suspeição do ex-juiz Sergio Moro (atual ministro da Justiça) no processo que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além do arrastado caso que trata da prisão de réus condenados em segunda instância.
Ministro do STF responsável por um pedido de vista desde dezembro do ano passado, Gilmar Mendes deve levar o caso da suspeição de Moro à segunda turma em novembro. Dois ministros do Supremo (Cármen Lúcia e Edson Fachin) Já votaram contra o pedido de suspeição feito pela defesa de Lula.
A ideia dos defensores é pedir a anulação da condenação do ex-presidente sob o argumento de que Moro não era um juiz imparcial, já que meses após condenar o petista aceitou se tornar ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, um de seus principais adversários políticos. O advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, diz que há uma “manifesta parcialidade de Moro”, que acabou sendo comprovada pelas mensagens difundidas pelo site The Intercept Brasil em parceria com outros meios de comunicação, entre eles o EL PAÍS, no caso conhecido como Vaza Jato. Nesse caso, além de Gilmar Mendes, ainda faltam votar os ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandovski.
Já o caso das prisões em segunda instância depende de três ações declaratórias de constitucionalidade distintas que foram apresentadas pelos partidos Patriota e PCdoB e pela Ordem dos Advogados do Brasil. Todos relatados pelo ministro Marco Aurélio. O caso estava em pauta em abril deste ano. Mas antes de seu julgamento, a OAB pediu o adiamento da análise para que seu novo presidente, Felipe Santa Cruz, pudesse tomar pé da situação.
Em síntese, as ações pedem que todos os réus possam recorrer de suas sentenças em liberdade até trânsito em julgado de seu processo, ou seja, quando não couber mais recurso. Como medida alternativa, eles pleiteiam que, antes da prisão, seja aguardada a análise de recursos ao Superior Tribunal de Justiça, que é uma espécie de terceira instância judicial. Pelas regras de hoje, os condenados em segunda instância (que são órgãos colegiados) já podem cumprir suas penas detidos. No calendário informal do Supremo é esperado que esse caso entre na pauta de outubro. Mas o presidente da Corte, Dias Toffoli, tem sido zeloso em levar temas espinhosos ao plenário. Ele costuma dizer a seus aliados que não quer conturbar ainda mais o cenário político do país, que está rachado desde o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) em agosto de 2016.

Ao sabor dos ventos

Um servidor que há 12 anos acompanha o dia a dia do Supremo fez a seguinte análise sobre os próximos casos a serem julgados na Corte: “Se a votação ocorresse há alguns meses, saberíamos exatamente como cada um votaria. Diante do julgamento de quinta [que pode anular dezenas de casos da Lava Jato], já não podemos mais ter tanta certeza”.
Dois votos surpreenderam os observadores do judiciário nessa sessão citada pelo funcionário, o de Rosa Weber e o de Celso de Mello. Ela costuma se filiar às teses defendidas por Edson Fachin e Roberto Barroso. Na sessão de quinta-feira, 26 de setembro, Fachin e Barroso, foram derrotados no plenário ao votarem contra a anulação do processo de um ex-gerente da Petrobras que se queixava de ter tido seu direito de defesa cerceado ao não ter apresentado suas alegações finais após outro corréu que era delator. Já Mello é mais independente. Como decano, ele costuma servir de bússola para as interpretações do Supremo. Nos últimos casos emblemáticos, ele tem se unido mais aos magistrados que tem “derrotado” a Lava Jato do que aos que a defendem enfaticamente.
Cármen Lúcia é outra sob a qual pairam dúvidas. Assim como Rosa Weber, ela era do grupo de Fachin e Barroso. No caso de quinta e no julgamento do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, contudo, ela beneficiou os réus.

Primeira etapa

Os efeitos dos primeiros ataques à Lava Jato já começaram a ser sentidos. Desde que o Congresso derrubou 18 vetos do presidente Jair Bolsonaro ao texto aprovado pelo Legislativo juízes ao redor do país passaram a soltar criminosos. Um dos casos ocorreu em Garanhuns (Pernambuco) em que uma juíza disse que decidiu soltar 12 suspeitos de assassinatos, tráfico de drogas e armas por imposição da Lei de Abuso de Autoridade. A lei tornou crime manter alguém preso quando “manifestamente” cabível sua soltura ou cumprimento de medida cautelar.
A nova legislação sofreu forte oposição de entidades de promotores, juízes e procuradores da República, ligados à Lava Jato ou não. A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público disse que recorrerá ao Supremo para declarar trechos da lei inconstitucional. Conforme a entidade, o projeto prejudica o “combate à impunidade, à criminalidade e a ilegalidades” no país.
Na próxima quarta-feira, 2 de outubro, o Supremo retomará também o julgamento da ação que já atingiu sua maioria pela anulação das condenações em que os réus delatados não puderam se manifestar no processo depois dos réus delatores, estes são os que fizeram acordos, apresentaram acusações para reduzirem suas penas.
Além disso, há ainda dúvidas sobre como atuará o novo procurador-geral da República, Augusto Aras. Na sua sabatina no Senado Federal nesta semana, quando foi aprovado para o cargo, ele defendeu a operação, mas teceu críticas ao “ativismo judiciário” advindo dela e de outras investigações nos últimos anos.
FONTE: EL País

Estelionatários são presos com 69 cartões bancários em agência do Banco do Brasil em São Luís


Golpistas são do estado Pará e foram presos em flagrante neste domingo (29) com 69 cartões de bancários. Segundo a polícia, trio atuava em outros estados do Nordeste.

A Polícia Militar prendeu neste domingo (29) três estelionatários que praticavam golpes em agências bancárias de São Luís. Eles foram presos em flagrante no momento em saíam da agência do Banco do Brasil na Avenida Vitorino Freire, no bairro Areinha, por das 11h.

Os golpistas são paraense e foram identificados como Antônio Luiz de Souza, de 47 anos, residente na Cidade Nova 6, Guajará I, Coqueiro, em Ananindeua; Samuel Lucas de Sousa, de 55 anos, residente no Conjunto Taguari/Icuí Guajará, em Ananindeua; e Sílvio Wellington da Silva Rocha, de 42 anos, residente na Rua Almirante Tamandaré, no Tapanã, em Belém.

Segundo a polícia, eles enganavam as vítimas para conseguir acesso as senhas de cartões dos bancos. Em seguida, trocavam os cartões e realizavam saques nas contas.

Com os golpistas, a polícia apreendeu 69 cartões de banco, cinco comprovantes de depósitos bancários, R$ 560 reais em espécie, U$$ 1 dólar em cédula, três aparelhos celulares, seis porta cédulas, um cordão de ouro, dois relógios, dois óculos, uma chave com controle remoto e um veículo com placa da cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

O trio também é suspeito de praticar crimes em outros estados do Nordeste. Além disso, as investigações apontaram que Samuel Lucas e Sílvio Wellington estavam com mandado de prisão em aberto, expedido pela Justiça do Pará.

Após as prisões, o grupo foi encaminhado para o Plantão Central do Itaqui-Bacanga, em São Luís, para autuação em flagrante

domingo, 29 de setembro de 2019

REAPRENDER, por Carlos Lula


Nunca gostei das mensagens que guardam o ser humano como um poço de dignidade e beleza. Todas as vezes que isso aconteceu sempre me soaram como falsa propaganda. Velhinhos de beleza quase espectral, sorrindo e falando de um passado grandioso e belo. Isso sempre me soou mentiroso. Nunca gostei da romantização de quem teve uma vida inteira de pecados a desfilar.

Mas esse meu aparente mau humor às vezes é quebrado. Quando olhei a cena, logo me impactei. Aos cem anos de idade, dona Regina foi filmada reaprendendo a andar. Após um procedimento cirúrgico, a centenária voltou a dar pequenos passos durante a sessão de fisioterapia. O vídeo viralizou e está disponível no Instagram da Secretaria de Estado da Saúde. Pelo que se vê na imagem – e no testemunho dos próprios familiares - uma rede de cuidados favorece a longevidade e disposição da idosa. É perceptível, todo idoso que envelhece bem não está sozinho nem se sente isolado. De todo modo, o vídeo nos faz repensar os próprios passos que damos e que ainda daremos.

É que o rápido processo de envelhecimento populacional representa hoje um dos principais desafios para o sistema de saúde brasileiro. Em 2030, o país terá mais idosos do que crianças pela primeira vez na história. Serão aproximadamente 41,5 milhões (18% da população) de pessoas acima de 60 anos, contra 39,2 milhões (17,6%) das que terão de zero a 14 anos. Hoje os idosos somam pouco mais de 29 milhões de brasileiros.

Essa transição demográfica será realizada em menos de um século no Brasil, ao passo que na Europa ela levou praticamente duzentos anos. Tal condição implicará em mudanças profundas nas políticas públicas de saúde, assistência social e Previdência. E, infelizmente, o Brasil não está preparado para tal realidade.

Temos de admitir que hoje nossos idosos estão soltos no sistema de saúde. Passam por uma série de especialistas, fazem um milhão de exames, usam inúmeras medicações, muitas vezes até incompatíveis entre si, mas não há ninguém cuidando deles como um todo. A sustentabilidade do setor passa, portanto, pela mudança no modelo assistencial, hoje focado em especialistas e em hospitais. Essa é uma receita há muito conhecida, mas cujo tratamento não está sendo seguido.

Explico. Na saúde, a política de atenção ao idoso está vinculada à preocupação com o bem-estar, com o envelhecer saudável e com as quedas repentinas, sendo estas as principais causadoras de cirurgias e sessões de fisioterapia. De modo efetivo, o Governo do Maranhão ampliou a oferta da assistência ortopédica no interior do estado, por meio dos Hospitais Macrorregionais. Na capital, abriu o Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO) do Maranhão, que opera em média 50 pacientes idosos por mês.

Ainda nesta rede de cuidados na saúde pública estadual, os Centros Especializados em Reabilitação de Olho d’Água e Cidade Operária ofertam assistência especializada na recuperação motora, além de garantir atividades de promoção ao bem-estar para este público.

Dona Regina, por exemplo, passou pela cirurgia no HTO e, atualmente, segue acompanhada por uma equipe multiprofissional do CER Olho d’Água. Mas vale ressaltar que a centenária não chegou tão longe por causa das unidades de saúde do estado. Ela pôde contar com uma rede de cuidados que começou dentro da própria casa, no ambiente familiar. Isso é muito mais importante que o cuidado hospitalar que oferecemos num momento em que Dona Regina precisou de assistência.

O acompanhamento casa a casa feito por agentes de saúde, a oferta de serviço hospitalar especializado, as atividades físicas em academias da saúde espalhadas pelo Maranhão, os grupos de ‘Melhor Idade’ são estratégias favoráveis ao envelhecimento saudável da nossa população idosa, mas não substituem o zelo familiar e o companheirismo de vizinhos e amigos de longa data.

Atualmente, pouco mais de 11% da população maranhense é idosa. Este índice representa mais de 790 mil pessoas. A rede de cuidados que este grupo necessita não está nas quatro paredes de uma unidade de saúde – mesmo que localizado na capital ou no interior do Estado. Já reparou que os idosos de hoje são mais ativos?

O Brasil envelhece e em sua maturidade deveria reconhecer que temos de mudar de maneira urgente o cuidado com nossos idosos. Promoção da saúde e reforço da atenção primária, com acompanhamento médico contínuo e focado no indivíduo, não na doença. Essa é a receita, mas o país parece ainda ser resistente ao tratamento. Assim como Dona Regina, temos de reaprender a andar.  

Falo isso porque a data de 1º de outubro celebra o Dia do Idoso. A comemoração é um lembrete a todos nós. Que com pecados e problemas, com vidas gloriosas e melancólicas, honestas e desonestas, teremos histórias para contar e cabelos brancos a pentear. Muito provavelmente alguém para cuidar. Ou a ensinar a novamente andar.

Só uma última curiosidade. Regina quer dizer rainha. O nome lhe faz justiça. Quem é a sua Regina?

Homem acusado de assassinar terceirizados da CEMAR em Paço do Lumiar vai a júri em outubro

Foto Reprodução
A 2ª Vara de Paço do Lumiar, termo judiciário da Comarca da Ilha de São Luís, divulgou a pauta de júris para o mês de outubro. O destaque é o julgamento do dia 3, que traz como réu Pablo Martins Silva, acusado de ter assassinado dois funcionários terceirizados da Companhia Energética do Maranhão – CEMAR, em janeiro deste ano. Os outros júris terão como réus José Valterlino Oliveira Borges, julgamento marcado para o dia 8; Diego de Souza Pereira, com júri marcado para o dia 15; e Maria de Jesus Ribeiro, julgamento marcado para o dia 22 de outubro, encerrando a série. Os júris terão a presidência do juiz Carlos Roberto de Oliveira Paula, titular da unidade judicial.
Sobre o caso dos funcionários da empresa que prestava serviços à CEMAR, narra a denúncia que no dia 15 de janeiro deste ano, os dois funcionários da concessionária estavam realizando diligências no conjunto Sítio Natureza, que fica próximo ao Maiobão, em Paço do Lumiar. As vítimas efetuaram o desligamento de energia elétrica da casa do acusado, fato este que teria desencadeado o crime. Segundo a denúncia, o acusado teria ameaçado e discutido com os dois funcionários.
Após o desentendimento, os funcionários continuaram as diligências na área. Nesse momento, o acusado teria ido até a casa de um chefe da facção da qual era integrante em busca de uma arma de fogo. Ele, então, teria convidado seu irmão menor de idade para irem em busca dos funcionários. Após procurarem, Pablo e o irmão encontraram o carro estacionado em outra rua, momento em que se aproximou e teria disparado contra o motorista do carro. Ato contínuo, ele teria entregue a arma ao menor e pedido para ele atirar no outro funcionário, que também morreu no local.
Outro caso a ser julgado é o de José Valterlino Oliveira Borges, acusado de prática de crimes de homicídio e tentativa de homicídio, tendo como vítimas dois homens. Narra a denúncia que as vítimas estariam na localidade Bar Siqueirinha e, tão logo saíram do estabelecimento, foram surpreendidas por Valterlino e outro homem identificado como Jonas, portando armas de fogo.
Após o ataque, as duas vítimas foram levadas ao Socorrão II, sendo que um deles não resistiu e faleceu. De acordo com o inquérito, o motivo seria o fato de as vítimas terem amizade com um homem que seria rival de Valterlino e Jonas.

SÃO VICENTE FÉRRER: Homem que atirou em festa de aniversário é condenado a 48 anos de reclusão

FOTO: Mapa São Vicente Férrer
O juiz Francisco Bezerra Simões, titular de São Vicente Férrer, presidiu uma sessão do tribunal do júri na unidade judicial. O julgamento, realizado nesta quinta-feira (26), teve como réu Ademar Alves. Ele estava sendo acusado de ter assassinado a tiros uma pessoa e ferido outras quatro, durante uma festa de aniversário. Ademar Alves foi considerado culpado pelo conselho de sentença e recebeu a pena de 48 anos, dez meses e quinze dias de prisão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Relata a denúncia que no dia 16 de setembro do ano passado, por volta de dez horas da noite, Ademar Alves teria invadido uma festa de aniversário. O objetivo dele, segundo apurado no inquérito policial, seria tirar a vida da ex-companheira que estava na festa. Em princípio, ele atirou nela e em uma amiga dela. Em seguida, atirou a esmo, atingindo outras pessoas que estavam na festa de aniversário.
Como consequência, a vítima Célia Regina Ferreira faleceu no local e outras quatro foram encaminhadas ao hospital, sendo que uma delas teria ficado paraplégica em função das lesões causadas. Testemunhas afirmaram que o acusado entrou no local e não teve nenhuma discussão, deixando claro a premeditação do delito por causa do inconformismo pelo término da relação com a ex-companheira.

Duarte Jr não é nem sombra para Eduardo Braide

 

Pesquisa recente apontou que Duarte Jr. não rende a mínima preocupação a Eduardo Braide. 

Em uma simulação de segundo turno, de acordo com pesquisa realizada internamente na Assembleia Legislativa, que o blog teve acesso, aponta que Braide teria mais de 65% (65,2%) de preferência do eleitorado, enquanto Duarte, com apenas dois dígitos bem baixo, pouco mais de 13% (13,5%).

A pesquisa mostra de fato apenas uma simulação, ainda mais no caso de Duarte Jr, já que o deputado estadual sequer consegue se viabilizar como pré-candidato, não gozando de tanta força interna no seu partido, procura outra sigla. Mas para o deputado estadual, talvez não seria interessante deixar o partido do governador Flávio Dino, quem tanto lhe ajudou na política, por um sonho de disputar a Prefeitura de São Luís. Duarte Jr tomando essa atitude, além de correr o risco de ficar ainda mais enfraquecido no PCdoB, pode sofrer um vexame histórico no pleito de 2020, na disputa contra Eduardo Braide.

Será que o deputado estadual correrá o risco?

Tensão crescente sobre futuro da Lava Jato invade o Supremo





O futuro da operação que nos últimos cinco anos se consolidou como referência no combate à corrupção está coberto de incertezas. Em um cenário de crescente tensão entre instituições e poderes, uma série de revezes se abateu sobre a Lava Jato e seus integrantes. Os abalos vão desde o vazamento de mensagens privadas dos procuradores a julgamentos decisivos no Supremo Tribunal Federal (STF). De um lado, apoiadores denunciam uma articulação para livrar políticos de investigações, enquanto, de outro, os críticos apontam parcialidade nas decisões judiciais e exploração política e até financeira da operação.

Os membros da força-tarefa começam a semana com mais uma grande preocupação. Na quarta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, vai apresentar uma proposta para delimitar o alcance do entendimento da Corte de que réus que não firmaram acordos de colaboração premiada devem apresentar as alegações finais depois dos delatores. Segundo levantamento da Lava Jato, essa tese, firmada durante julgamento na semana passada, poderá levar à anulação de 32 sentenças, favorecendo 143 condenados na operação.

A preocupação é ainda maior porque o plenário da Suprema Corte vai discutir a questão ainda sob o impacto das recentes confissões do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em entrevistas, ele contou que, em maio de 2017, entrou armado no STF com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes. O episódio é considerado o mais tenso da conflituosa relação entre a força-tarefa, da qual Janot era o líder maior, e o tribunal.

O entendimento do STF sobre a ordem das alegações finais foi tomada na mesma semana em que a Lava Jato recebeu mais uma péssima notícia: em sessão conjunta do Congresso Nacional, deputados e senadores derrubaram 18 dos 33 vetos presidenciais à lei de abuso de autoridade, retomando boa parte dos dispositivos vistos pelos críticos como inibidores da atuação das polícias, do Ministério Público e do Poder Judiciário.

A derrubada dos vetos foi vista,  no meio político, como uma resposta à operação de busca e apreensão realizada dias antes pela Polícia Federal nos gabinetes do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e do filho dele, o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), dentro de uma investigação sobre desvio de recursos em obras no Nordeste.

Essa avalanche de dificuldades começou a desabar sobre a força-tarefa neste ano, justamente quando se esperava o contrário, em razão da promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro de “fortalecimento” da Lava Jato.

Ironicamente, foi a pedido da defesa de um dos filhos do chefe do governo, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que o presidente do STF impôs à operação de combate à corrupção um de seus maiores revezes. Em julho, o ministro Dias Toffoli suspendeu todas as investigações que estivessem utilizando dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) — hoje transformado em Unidade de Inteligência Financeira (UIF) — sem autorização judicial. Assim, o senador se livrou, pelo menos momentaneamente, de um inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre as movimentações financeiras atípicas dele e do ex-assessor Fabrício Queiroz, amigo da família Bolsonaro.

Cobranças

A partir deste ano, os principais atores da Lava Jato, que ao longo de todo esse tempo se mostraram destemidos na apuração de desvios de dinheiro público e na punição de pesos pesados da política, passaram a ser cobrados a dar explicações sobre os procedimentos adotados nas investigações.
 
Quase ninguém podia imaginar que um dia veria o ex-juiz e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sendo interrogado por deputados e senadores sobre as mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil, em reportagens que põem em dúvidas a atuação imparcial dele e de membros da Lava Jato. Da mesma forma, nem de longe se cogitava que o prestigiado procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa agraciada com o Prêmio Innovare, o mais alto reconhecimento a iniciativas do Judiciário, se tornasse alvo de processos disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

FONTE: Correio Braziliense

Confissões de Janot geram repulsa e reação de ministros no Supremo






A confissão do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot  de que chegou a ir armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes e depois se suicidar gerou uma forte reação da Corte. Ele teve suspenso o porte de arma, está impedido de entrar em qualquer área do tribunal e tem de ficar a pelo menos 200 metros de distância dos magistrados.


Nesta sexta-feira (27/9), por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa e no escritório de Janot em Brasília. Os agentes recolheram uma pistola, celulares, tablets e computadores. Os aparelhos eletrônicos serão analisados para verificar a existência de outros planos de assassinato eventualmente formulados pelo ex-PGR. Ele era esperado pelo STF para prestar esclarecimentos sobre o assunto, mas se recusou a prestar depoimento.

Partiu de Alexandre de Moraes também a ordem para suspender o porte de arma de Janot e impedir a entrada dele nas dependências do STF. O ministro atendeu a pedido feito por Gilmar Mendes à Corte. Segundo Moraes, a decisão teve como objetivo “evitar a prática de novas infrações penais e preservar a integridade física e psicológica dos ministros, advogados, serventuários da Justiça e do público em geral que diariamente frequentam essa Corte”.

Para Moraes, as revelações de Janot estão “alicerçadas em indícios de autoria e materialidade criminosas” e revelam um “quadro gravíssimo”. “As entrevistas concedidas sugerem que aqueles que não concordem com decisões proferidas pelos ministros desta Corte devem resolver essas pendências usando de violência, armas de fogo e, até, com a prática de delitos contra a vida”, alertou.

Gilmar Mendes, por sua vez, afirmou que o comportamento do desafeto mostra “tentações tresloucadas”. Ele disse não imaginar “que nós tivéssemos um potencial facínora comandando a Procuradoria-Geral da República” e recomendou a Janot “que procure ajuda psiquiátrica”.

“Confesso que estou surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora, ele revela que eu corria também risco de morrer”, alfinetou o ministro. “Nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas.”

O magistrado avaliou que o comportamento do ex-procurador-geral da República abre a possibilidade para que decisões judiciais no âmbito da Lava-Jato sejam colocadas em xeque. “Tenho a impressão de que se trata de um problema grave de caráter psiquiátrico, mas isso não atinge apenas a mim, atinge a todas as medidas que ele pediu e foram deferidas no Supremo Tribunal Federal. Denúncias, investigações e tudo o mais. É isso que tem de ser analisado pelo país”, disse.

Reações

O relato de Janot gerou reações também entre deputados federais e senadores. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou: “Hoje, descobrimos que o procurador-geral da República queria matar o ministro do Supremo. Então, quem vai querer investir num país desse? Você ia querer investir?”, questionou, durante evento no Rio de Janeiro sobre parcerias público-privadas, concessões públicas e fundos de investimento em infraestrutura.
 
O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) classificou como “totalmente irresponsável as declarações de Janot”. “Anunciar que chegou perto de assassinar um ministro do STF só fará com que mentes insanas espalhadas Brasil afora comecem a cogitar realmente atitudes dessa natureza. Juristas, legalistas, democráticos devem reagir”, conclamou.

Já o senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu paz. “Quando o ódio dá lugar aos argumentos diante das divergências, chega a hora de repensar se o extremo é mesmo o melhor caminho a ser seguido. Por mais paz e por mais exemplos de engrandecimentos do ser humano”, comentou.

“Declarações infelizes”

Por meio de nota, o Instituto de Garantias Penais criticou Janot e frisou que ele “não possui a estabilidade mental necessária para exercer a função acusatória, ofício tão sensível em um Estado democrático de direito”. Para o instituto, a cogitação de homicídio “eleva os embates que os ministros têm que enfrentar — indevidamente — a cada habeas corpus fundamentadamente concedido”.
 
“Nesse sentido, todas as ações penais que conduziu o ex-PGR estão maculadas pela cólera que entorta e desencaminha o direito de punir do Estado. Estão, portanto, sob compreensível suspeita”, destacou o órgão. “Que das declarações infelizes emanem, ao menos, resoluções: aos injustiçados pela postura do ex-procurador, que se reveja a injustiça, e ao próprio ex-procurador, que possa receber auxílio médico e recobrar a temperança.”

Doutor em direito penal, Conrado Gontijo frisou que é “absolutamente espantoso imaginar que um procurador-geral da República, no auge da sua carreira, responsável por exercer uma função essencial para assegurar a democracia no Brasil, tenha cogitado a hipótese de praticar um ato tão descabido”. “É bizarro que alguém pretenda solucionar um desgaste de forma tão violenta. Isso põe em xeque a condição dele para conduzir um trabalho tão importante à época”, afirmou.

O que decidiu o STF

» Suspender o porte de arma de Rodrigo Janot
 
» Aplicar contra ele a medida cautelar de proibição de aproximar-se a menos de 200 metros de qualquer um dos ministros da Corte

» Impedir o acesso do ex-procurador-geral da República ao prédio sede e anexos do tribunal

» Coletar armas, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos na casa e no escritório de Janot

» Colher depoimento do ex-procurador-geral da República. Janot se negou a prestar esclarecimentos

Entenda o caso

Rodrigo Janot era procurador-geral da República, em maio de 2017, quando entrou armado no prédio principal do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes. O então chefe do Ministério Público Federal chegou a ver o ministro, porém desistiu no último segundo. As declarações dele foram dadas ao Estadão, à Veja e à Folha de S.Paulo. “Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (sic) e depois me suicidar”, afirmou o ex-procurador.

Ele contou que a intenção de atirar em Gilmar Mendes foi motivada por ataques que o ministro fez à filha dele. Quando era chefe do Ministério Público, Janot chegou a pedir a suspeição do magistrado na análise de um habeas corpus do empresário Eike Batista, sob o argumento de que a mulher do ministro, Guiomar Mendes, atuava no escritório de Sérgio Bermudes.

 Ao se defender, Gilmar Mendes afirmou que a filha de Janot advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e poderia ser “credora por honorários advocatícios de pessoas jurídicas envolvidas na Lava-Jato”. A história aparece no livro de memórias Nada Menos que Tudo, a ser lançado pelo ex-chefe do MP em outubro. Na publicação, porém, Janot preferiu “não dar nome aos bois”.
 
FONTE: Correio Braziliense

Homem é condenado a 12 anos de prisão por estupro de vulnerável em Bom Jardim

FOTO: Mapa Bom Jardim

Após o oferecimento de Denúncia por parte do Ministério Público do Maranhão, no município de Bom Jardim, André Lima de Sousa, mais conhecido por “Gilberlan”, foi condenado pela Justiça a 12 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo crime de estupro de vulnerável contra uma criança de 8 anos.
 
Conforme a Denúncia, formulada pelo promotor de justiça Fábio Santos de Oliveira, André Lima de Sousa era vizinho da menina a quem ele pagava para prestar serviços domésticos em sua residência. A vítima alega que foi abusada cinco vezes pelo condenado, quando se encontrava sozinha em casa ou até dormindo.
 
 Narra também que, num determinado dia em que ela se encontrava tomando banho de rio, “Gilberlan” apareceu, correndo atrás dela e a arrastando para o mato, ameaçando e obrigando-a a praticar sexo com ele. O laudo do exame de corpo de delito, exposto nos autos, aponta sinais de violência sexual na criança.
 
De acordo com a sentença, proferida pelo juiz Bruno Barbosa Pinheiro, o condenado ainda terá que pagar uma indenização pelos danos causados à vítima.

MPF quer revogação de norma que autoriza intervenções médicas sem o consentimento das gestantes

Resolução do CFM permite que escolhas da mãe durante o parto sejam caracterizadas como abuso de direito da mulher em relação ao feto

Foto Reprodução

O Ministério Público Federal expediu uma recomendação para que as gestantes brasileiras não sejam obrigadas a passar por intervenções médicas com as quais não concordam. O documento, assinado por 16 procuradores da República de nove estados, é direcionado ao Conselho Federal de Medicina e busca a revogação de artigos da Resolução nº 2232/2019. A norma do CFM, publicada na semana passada, abre espaço para que a autonomia da mãe na escolha de procedimentos durante o parto seja caracterizada como abuso de direito da mulher em relação ao feto, mesmo que não haja risco iminente de vida.

O MPF alerta que, da forma como estão redigidos, os artigos permitem que o médico não aceite a recusa da gestante em se submeter a determinadas intervenções e que o profissional adote medidas para coagir a paciente a receber tratamentos que não deseja. A resolução prevê, por exemplo, que casos de recusa terapêutica por “abuso de direito” da mulher deverão ser comunicados “ao diretor técnico [do estabelecimento de saúde] para que este tome as providências necessárias perante as autoridades competentes, visando assegurar o tratamento proposto”.

Pela nova norma, a adoção de procedimentos médicos coercitivos ou não consentidos é “autorizada” pelo CFM em casos de urgência e emergência. Contudo, as regras recém-estabelecidas são flagrantemente ilegais, pois ignoram a exigência de iminente perigo de morte para que tratamentos recusados sejam impostos aos pacientes.

“Tais regras esvaziam integralmente a autonomia das parturientes sobre seu próprio corpo, afastando suas escolhas e decisões quanto ao nascimento de seus filhos. De igual forma, conferem ao médico, de forma ilegítima e antijurídica, uma liberdade de atuação profissional ilimitada durante a assistência ao parto, independentemente do grau de risco a que se submetem mãe e feto, seja ele baixo, médio ou alto”, destaca a recomendação do MPF.

Além de contrariar o Código de Ética Médica, o desrespeito à autonomia da gestante também configura crime. Segundo o artigo 146 do Código Penal, os profissionais que agirem conforme a Resolução nº 2232/2019 poderão responder por constrangimento ilegal caso, no atendimento à gestação e ao parto, realizem intervenções médicas ou cirúrgicas sem o consentimento da mulher quando não existir o iminente perigo de morte. “O direito dos médicos de se recusarem a realizar procedimentos que, embora permitidos por lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência, lhes permite encaminhar pacientes a outros médicos, mas não obrigar seus pacientes a aceitarem suas determinações, caso não caracterizado o iminente risco de vida”, lembram os procuradores.

VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA - Para o MPF, os artigos 5º, §2º, 6º e 10º da Resolução nº 2232/2019 podem favorecer a adoção de procedimentos desnecessários e violadores da autonomia das gestantes, quando se manifestam contrariamente a eles, como a episiotomia (corte entre a vagina e o ânus para ampliar o canal de passagem do bebê), a administração de soro de ocitocina (para acelerar o trabalho de parto) e a utilização de manobra de kristeller (pressão na barriga da mãe para apressar o nascimento). Todas estas práticas não são indicadas ou são consideradas prejudiciais quando realizadas de forma irrestrita, segundo as diretrizes adotadas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Além disso, a aplicação das novas regras tende a favorecer e perpetuar cesarianas desnecessárias, visto que a opção da gestante pelo parto normal pode ser entendida como “abuso de direito”. “No Brasil, uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência no parto, associada a intervenções desnecessárias e prejudiciais à saúde, além de desrespeitos verbais e negligência. O país também ostenta um dos mais elevados índices mundiais de partos cirúrgicos, o que implica que milhares de mulheres sejam submetidas a cesáreas desnecessárias anualmente, sendo expostas a riscos superiores aos do parto normal”, destaca a recomendação do MPF.

Os procuradores pedem que o CFM revogue os artigos questionados, em relação à assistência ao nascimento, reconhecendo que apenas em casos de iminente risco de morte o médico poderá adotar medidas em contrariedade ao desejo materno. Da mesma forma, o Conselho deverá assentir que caberá à mulher ponderar entre os riscos à sua vida e à vida do feto quando fizer opções por procedimentos terapêuticos relacionados à gestação e ao parto, conforme princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da legalidade e da autonomia.

A recomendação expedida pelo MPF é resultado da atuação de diversos procuradores da República que trabalham em prol da humanização do nascimento e do direito de escolha da gestante. Atualmente, tramitam pelo país inúmeros inquéritos civis e ações judiciais em que constam relatos de mulheres que tiveram sua integridade física e psicológica violada durante a assistência ao parto, bem como questionamentos quanto a Resoluções de Conselhos Regionais de Medicina violadoras da autonomia das mulheres. Tais procedimentos revelam que profissionais de saúde, ao invés de adotarem as boas práticas de Atenção ao Parto e ao Nascimento, previstas pela OMS, optam por impor às gestantes procedimentos desaconselhados pelas evidências científicas, bem como exercer a medicina de forma autoritária, em prejuízo ao diálogo e à autonomia das mulheres.

MPF/MA - em virtude da publicação da Resolução CFM nº 2.232/2019, o procurador da República Rodrigo Pires de Almeida, um dos signatários da recomendação do MPF, também instaurou, ontem (25), no âmbito da Procuradoria da República no Município de Imperatriz (MA), o procedimento 1.19.001.000281/2019-81, para apurar a atuação de profissionais de saúde da região em relação à adoção de boas práticas de Atenção ao Parto e ao Nascimento previstas pela Organização Mundial de Saúde, desde 1996.

Pacientes do Hospital de Câncer do Maranhão voltam a falar com ajuda de laringe eletrônica






Após a perda da voz, pacientes do Hospital de Câncer do Maranhão voltam a falar com ajuda de laringe eletrônica. A entrega do equipamento beneficiou três pacientes da unidade. “Eu estou muito feliz, hoje eu posso falar”, disse Maria Isaura Alves Silva, de 68 anos. Além da qualidade de vida, os pacientes resgatam a independência e a autoestima.

Com o diagnóstico de câncer avançado na laringe, Maria Isaura Alves Silva, fez o procedimento de laringectomia, em janeiro de 2015. “Fumava muito, trabalhei como quebradeira de coco, fazendo carvão. O médico disse que tudo isso causou um caroço na minha laringe. Quando eu cheguei no hospital, o caroço já estava muito grande, tinha passado do tempo de tratar. Foi necessário fazer esse procedimento de tirar tudo da garganta, perdi a voz”, recorda.

A busca das equipes do Hospital de Câncer do Maranhão por mais qualidade de vida para os pacientes promete mudar a vida de José Pires Serra, Maria Isaura Alves da Silva e Antônio Carlos Nunes Salazar, pacientes beneficiados pelo programa.

“A equipe multiprofissional tem ajudado a reestabelecer o convívio social e afetivo dos pacientes. Há um desenvolvimento em todas as áreas, como terapia ocupacional, psicologia, buscando sempre humanizar o atendimento para os pacientes e acompanhamento, e temos alcançado saldos positivos, como essa história. Sempre estamos buscando fazer o melhor para o paciente e a família”, disse a diretora admirativa do Hospital de Câncer do Maranhão, Ana Flavia Lustosa.

O aparelho funciona com bateria recarregável tipo bastão vibrador. Posicionado externamente próximo à garganta do paciente, o equipamento produz uma voz, ainda que distante do padrão vocal habitual, possibilita maior independência na comunicação. “Quando a gente perde a voz parece que perde a dignidade, a vontade. As pessoas não entendem o que falamos. É muito cansativo. Estou muito feliz, hoje eu posso falar. Apesar desse barulhinho, é divertido”, contou emocionada Maria Isaura.

Segundo a fonoaudióloga Camila Viana, a fala do paciente com o aparelho é robótica, porém os benefícios são inúmeros. “No Maranhão, três pacientes receberam a laringe eletrônica. Todos eles fazem acompanhamento no ambulatório. Escolhemos os pacientes que não se adaptaram a outras técnicas de produção da voz, e que também não são alfabetizados. A nossa comunicação é essencial para expressarmos dor, desejo, um sentimento, calor, fome e outras necessidades. Esses pacientes estavam isolados, parados, sem reagir com o mundo, apenas escutando, retraídos. Voltando a ser quem eles eram antes da perda da fala é muito compensador”, destacou.

Aparelho 
O aparelho tem uma vida útil prolongada e garantia de um ano. Até a completa adaptação, o paciente retorna ao consultório de fonoaudiologia para fazer ajustes. Os três aparelhos foram doados pela Associação de Câncer e Boca e Garganta, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON). Os pacientes foram inscritos no programa. Por conta da vulnerabilidade social, eles foram selecionados para o recebimento dos aparelhos.

Para fazer uso do aparelho não é necessário nenhum procedimento médico ou cirúrgico. A laringe é um aparelho de uso externo, adaptado pela fonoaudiologia. A indicação para recebimento do aparelho são os pacientes laringectomizados totais, ou seja, aqueles que retiraram toda a laringe e com isso perderam a capacidade de produzir voz devido a remoção das pregas vocais. Em 2019, dois pacientes passaram pelo procedimento.

Os pacientes José Pires Serra e Antônio Carlos Nunes Salazar receberam o equipamento, respectivamente, nos dias 13 e 16 de setembro.

Fatores de risco 
Segundo o Ministério da Saúde entre os fatores de risco mais conhecidos para câncer e lesões na laringite estão o tabaco e o consumo excessivo de álcool, a associação desses hábitos aumentam ainda mais a chance de desenvolver a doença. Além disso, má alimentação, estresse e exposição excessiva a produtos químicos são outros fatores de risco associados à doença. Vale lembrar que as frutas e as hortaliças têm assumido posição de destaque nos estudos que envolvem a prevenção do câncer.

Exposições ocupacionais às fibras têxteis, níquel, pó de madeira e asbestos e os hábitos precários de higiene oral também são fatores de risco. O câncer de laringe compreende cerca de 25% dos tumores malignos que acometem a área de cabeça e pescoço, sendo predominante no sexo masculino com uma estimativa baseada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) no ano de 2016.

Motorista do transporte escolar da Zona Rural de São Luís provoca acidente e lesiona professores







Trauma. Essa foi a palavra que professoras mencionaram ao relatar o acidente que sofreram no último dia 19, na Zona Rural de São Luís, quando pegaram carona no micro-ônibus que faz transporte escolar dos alunos da UEB Rosa de Sarom. Na hora do ocorrido, por sorte, não havia nenhuma criança no veículo.
As professoras pegaram a condução escolar nas proximidades da Vila Vitória, ao retornar da escola que lecionam. As docentes aceitaram a carona porque perderam o transporte coletivo, que passou antes do horário do término das aulas. Preocupadas e cientes da dificuldade de transporte coletivo na região entraram no micro-ônibus.
As vítimas relatam que o motorista, não identificado, trafegava em alta velocidade pelas vias esburacadas, no momento do acidente, e ignorava todas as advertências dadas pelas professoras para que fosse mais prudente na direção. Próximo ao Sítio Leal, o condutor não reduziu a velocidade e passou “com tudo” por um buraco. Com o forte impacto, alguns ocupantes, do veículo bateram a cabeça no teto e nos assentos dos bancos.
Uma das professoras quebrou vários dentes e vai ter que fazer uma cirurgia. A vítima relata que formou um coágulo de sangue no lábio inferior, sem contar com as fortes dores na face e na região do pescoço que ainda sente. Ainda não dá para saber a extensão das lesões que sofreu por conta do inchaço.
“Estou muito abalada com o que aconteceu. O motorista sequer parou o veículo. Não se preocupou em saber como estávamos. E isso é o que mais nos entristece. Ele foi imprudente. Imagina se as crianças estivessem no veículo. A tragédia poderia ter sido pior ainda”, alertou.

Outra professora bateu com muita força a cabeça no banco da frente e, com a pancada, um dente cortou o lábio inferior, o que a fez perder muito sangue também. “Senti que voei. Quando baixei a cabeça para pegar meus óculos que ficaram amassados vi muito sangue, fiquei desesperada. Pensei que fosse morrer. O motorista não parou por nenhum momento. Não quis nem nos levar ao hospital, mesmo com o nosso pedido”, informou.
“O sentimento que tenho, em relação à educação, é que estamos nas mãos de loucos. Como podem delegar uma função tão importante de transportar crianças a uma pessoa irresponsável? Quantos acidentes acontecem e não são relatados? ”, questionou.
Outra professora informou que o motorista tentou se inocentar diante da imprudência e chegou a ser irônico dizendo que não tinha culpa dos buracos nas vias. A docente também está sentindo fortes dores na coluna e ainda teve um prejuízo com o celular, que acabou quebrando quando caiu ao chão. “ Foi horrível. Espero que seja tomada as devidas providências. Imagina se fossem as crianças que estivessem lá? Ele foi imprudente, não teve cuidado, não nos deu assistência”, frisou.
A Semed já tem ciência do fato e a Direção do Sindeducação espera que o condutor do veículo seja afastado imediatamente do cargo, a fim de preservar a vida das crianças que diariamente fazem o trajeto de casa para a escola; e que também tenha uma fiscalização mais rígida no transporte escolar, para que novos episódios como esse não aconteçam e tragédias piores sejam evitadas.
Legislação- Já existe um Projeto de Lei (PL1669/19) tramitando no Senado Federal, que autoriza os professores a usar assentos vagos em transporte escolar público. O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em 2011 (PL 3706/08), mas foi arquivado pelo Senado à época. No entanto, o projeto foi reapresentação, em julho deste ano, pelo senador Carlos Viana (PSD-MG).
Imprensa Sindeducação