terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Policial Militar está sendo investigado por comentários favoráveis ao crime de feminicídio praticado em São Luís

Continua repercutindo o feminicídio de Bruna Lícia Fonseca Pereira e o homicídio de José William dos Santos, praticados pelo soldado da Polícia Militar, Carlos Eduardo Nunes. O crime aconteceu no último sábado (25), em um condomínio no bairro Vicente Fialho, em São Luís.

Desde então, as redes sociais foram tomadas por milhares de comentários que julgavam toda a situação. A Polícia Civil alertou na segunda-feira (27), sobre comentários com apologia ao crime, feitos na internet. De acordo com o Departamento de Combate a Crime Tecnológico (DCCT), da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), a ação não gera prisão imediatada, mas a pessoa pode responder a um processo e até ser presa em possível condenação.

Entre os comentários que faziam apologia ao crime, estavam os do policial militar Tiago de Jesus. Nas postagens o PM denegria a imagem da vítima e alegava que outras pessoas teriam o mesmo destino caso traíssem seus companheiros. Veja:





Depois de grande repercussão tanto dos crimes, quando dos comentário, o policial militar teria excluído sua rede social.
O Artigo 287 do Código Penal aponta que, fazer publicamente apologia de fato criminoso ou de autor de crime gera pena de detenção, de 3 a 6 meses ou multa. No entanto, para a pessoa ser processada, é preciso que alguém procure a polícia e formalize a denúncia.
Nesta quarta-feira (29), um ato contra o feminicídio e diálogo com a imprensa acontecerá às 15h na Casa da Mulher Brasileira, na capital maranhense. A convocação é do Fórum Maranhense de Mulher. A intenção é reforçar o papel da imprensa no combate à violência e a criminalização da mulher vítima.

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