terça-feira, 28 de abril de 2020

Quase 100% das escolas em tempo integral do Maranhão ofertam atividades não presenciais para estudantes

 

As aulas não presenciais já fazem parte da rotina de muitos estudantes e professores de todo País, depois que o afastamento social foi decretado. No Maranhão, as instituições de ensino têm intensificado essa prática educacional. Segundo o relatório de acompanhamento das aulas não presenciais de escolas da rede integral, divulgado na segunda-feira (27), 97% dessas instituições de ensino realizam trabalho remoto, alcançando quase 17 mil estudantes.

Mesmo com muitos desafios a serem vencidos, como, por exemplo, o acesso instável e inexistente à internet, em alguns espaços, e dificuldade para conectar as plataformas online, as aulas não presenciais têm alcançado 79% dos estudantes da Rede Integral. Em mais de 40% das escolas têm a mobilização dos Clubes de Protagonismo.

Rodrigo Henrique Carvalho Araújo, estudante do 3º Ano do Centro Educa Mais Raimundo Araújo, localizado no município de Chapadinha, revelou que a escola tem adotado medidas importantes para que os estudantes possam continuar aprendendo durante o período de isolamento social.

“Essa corrente do bem que está sendo realizada pelos professores, o esforço e dedicação para que todos nós possamos aprender, sem dúvida é uma das coisas mais lindas do mundo.  A escola tem exercido um papel essencial para a aprendizagem dos estudantes; todos estão se empenhando e exercendo o protagonismo de acordo com o que é repassado pelos professores e gestão. As ferramentas digitais estão ajudando bastante neste momento de pandemia em que precisamos ficar em casa”, apontou.

Nas 70 escolas que aderiram às aulas não presenciais, 98% do corpo docente têm atuado ativamente. Em relação às aulas de Parte Diversificada, 83% das escolas afirmam que os professores de Projeto de Vida têm realizado ações específicas e 73% asseguraram que os professores de Estudo Orientado promovem atividades inerentes aos estudos domiciliares. Destaca-se também que 19 escolas têm realizado ações direcionadas a estudantes com deficiência. 

“Neste momento de pandemia, utilizamos as plataformas digitais, que em minha visão é a melhor opção que temos no momento. Diariamente realizo atividades das mais diferenciadas matérias, tenho o apoio dos docentes na orientação dos estudos. Agradeço por todos os benefícios proporcionados a nós estudantes de escola pública”, expressou João Victor Tavares dos Santos, estudante do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), localizado no município de Cururupu.

Das principais plataformas e mobilizações utilizadas com os estudantes e famílias, o uso do Whatsapp, Classroom e chamadas de vídeo via Zoom e Hangoust se destacam. As escolas que ainda não haviam aderido a essa nova possibilidade educacional têm realizado esforços e estratégias para ofertar conteúdos não presenciais aos seus estudantes. 

“Os professores têm garantido aulas diversificadas na sala classeroom, para alguns alunos, para outros, atividades via whatsapp e para aqueles que não dispõem dessas ferramentas, são encaminhadas, via telefone, atividades no livro didático. Sabemos que nada substitui a presença de professores e alunos nas salas físicas, mas por agora é o que podemos fazer para garantir um mínimo de contato com a produção de conhecimento, sem contato físico”, ilustrou a professora de Filosofia, Enir Lima, do Centro Educa Mais Raimundo Araújo.  

A gestora da escola, Mariluze de Jesus Uchôa Almeida, destacou que o Centro Educa Mais Raimundo Araújo precisou se reinventar e traçar estratégias para suprir a necessidade neste momento de pandemia e ressaltou, ainda, que o empenho dos professores foi o diferencial para que os estudantes pudessem aprender sem sair de casa, possibilitando o alcance das metas desejadas.

“Contamos com a habilidade de um professor em tecnologia que fez uma formação para os colegas sobre como utilizar as ferramentas digitais e usar salas de aula virtuais. Então, todos os professores criaram suas turmas e agora estamos fazendo acompanhamento dessas aulas que atingem 97% dos estudantes. Para os outros 3% fizemos roteiros de estudo, seguindo o guia de aprendizagem e encaminhamos a eles junto com os livros didáticos”, ressaltou a gestora. 

Outro dado importante é que mais de 90% das Reuniões de Fluxo, planejadas entre as equipes gestoras e a coordenação de área, foram realizadas. 20 escolas cumpriram 100% das ações contidas no Plano de Atividades Docente Curriculares, previstas para a quinzena e mais de 90% das Equipes Gestoras avaliam de forma satisfatória a atuação da equipe escolar no apoio aos estudantes e na sua mobilização. 

Aproximadamente 90% das equipes escolares estão satisfeitas ou muito satisfeitas em relação à atuação da Supervisão dos Centros de Educação em Tempo Integral (SUPCETI) e Diretoria de Ensino e Pesquisa (DIREN), do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), na orientação e execução de ações durante o período de atividades não presenciais.

Em relação a atuação dos Técnicos Focais, o nível de satisfação dos Centros Educa Mais é de 80%, refletindo um acréscimo expressivo no nível de acompanhamento das unidades Regionais e das Escolas em Tempo Integral do Estado.

As aulas e atividades não presenciais se fazem necessárias, neste momento de pandemia, e devem ser realizadas de forma mais democrática possível para que o seu alcance chegue a todos os estudantes do estado. Os resultados obtidos são animadores, mas o Governo do Estado está consciente de que ainda a muito para ser realizado e acredita no empenho de todos para que a educação do Maranhão tenha avanços ainda mais significativos.

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