quarta-feira, 27 de maio de 2020

Moraes quebra sigilo de empresários bolsonaristas na mira da PF


Na decisão em que autorizou a operação da Polícia Federal contra aliados do presidente Jair Bolsonaro, na manhã desta quarta-feira, 27, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STFAlexandre de Moraes determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de suspeitos de financiar a máquina bolsonarista de fake news. Estão entre eles os empresários Edgard Corona, dono da rede de academias Bio Ritmo, Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, além de Winston Rodrigues Lima e Reynaldo Bianchi Júnior.

“[Determino] O afastamento do sigilo bancário e fiscal de EDGARD GOMES CORONA, LUCIANO HANG, REYNALDO BIANCHI JUNIOR e WINSTON RODRIGUES LIMA no período compreendido entre julho/2018 e abril/2020”, decidiu Moraes.

Na decisão, o ministro do STF afirma que Corona, Hang, Bianchi e Lima foram identificados em relatórios de investigação e em depoimentos como os dos deputados Nereu Crispim (PSL-RS), Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP) como possíveis financiadores de “publicações e vídeos com conteúdo difamante e ofensivo ao Supremo; bem  como mensagens defendendo a subversão da ordem e incentivando a quebra da normalidade institucional e democrática”.
O relator do inquérito que apura fake news e ataques virtuais a autoridades lembra ainda que os empresários fazem parte do grupo Brasil 200, “em que os participantes colaboram entre si para impulsionar vídeos e materiais contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes”.
O despacho do ministro inclui a reprodução de mensagens enviadas por Corona no grupo de WhatsApp do Brasil 200, contendo ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desafeto de Bolsonaro. “Temos de impulsionar estes vídeos. Precisamos de dinheiro para incestir [investir] em mkt [marketing]”, escreveu o empresário.
FONTE: Veja

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