segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Segundo turno consolida derrota de Bolsonaro nas eleições

 


BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro sofreu importante derrota nas eleições municipais deste ano. Dos 16 candidatos a prefeito apoiados por ele, 12 perderam as disputas. Aliado de Bolsonaro, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), não conseguiu se reeleger, sendo ultrapassado por Eduardo Paes (DEM).

Em São Paulo, o deputado Celso Russomanno (Republicanos), não passou do primeiro turno. No Palácio do Planalto, porém, auxiliares do presidente minimizaram o revés político, sob o argumento de que o chefe do Executivo não participou diretamente das campanhas.

Nesse segundo turno, Bolsonaro viu apenas Tião Bocalom (PP), em Rio Branco (AC), e Roberto Naves (PP), em Anápolis (GO), serem eleitos. Outros candidatos para os quais ele pediu votos não tiveram bom desempenho nas urnas. Também apadrinhados pelo presidente, Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza, e Delegado Eguchi (Patriota), em Belém, foram derrotados.

Em Belo HorizonteBruno Engler (PRTB) perdeu ainda na primeira rodada, a exemplo de Russomanno. Naquela etapa da campanha, o apoio de Bolsonaro surtiu efeito apenas em Ipatinga (MG), com a eleição de Gustavo Nunes (PSL), e em Parnaíba (PI), com Mão Santa (DEM).

Na avaliação de assessores do presidente, a participação dele se resumiu a indicar votos, atendendo a pedido de aliados. O Planalto cita a derrota de ontem do PT em todas as capitais que disputava como exemplo de que a esquerda foi a grande perdedora destas eleições.

Para esses interlocutores, o resultado eleitoral também mostrou que foi acertada a decisão do presidente de se aproximar do Centrão, grupo político que aumentará o número de prefeituras sob seu comando a partir de 2021.


FONTE: Estadão

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