O secretário de Estado da Saúde do Maranhão e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, atendeu ao convite da Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19 da Câmara dos Deputados para reunião virtual, nesta quinta-feira (28). O encontro avaliou a situação do Amazonas, as medidas adotadas para auxílio aos pacientes e o enfrentamento da crise sanitária.
Durante a reunião, Carlos Lula destacou a atuação dos estados e da operação do Ministério da Saúde na transferência dos pacientes e apresentou, também, preocupação com a circulação da nova variante da Covid-19, detectada pela primeira vez no Amazonas e, mais recentemente, em três pacientes em São Paulo.
“Com o aumento do número de casos de maneira muito intensa e muito rápida provavelmente a gente já tenha a transmissão da cepa em vários estados do país. De maneira empírica, os secretários percebem que o que se vê em Manaus já pode ser observado em outros estados da federação. Os casos são mais graves e com maior capacidade de transmissão”, alertou.
Também presente no encontro, o secretário da Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, apresentou o panorama da saúde anterior a segunda onda e o cenário atual. Em dezembro, a rede de saúde estava ocupada com 177 pacientes da Covid-19 nos leitos clínicos. Após um mês, 775 leitos já estão ocupados.
A preocupação do estado é com os pacientes mais graves, com maior dificuldade de transferência por necessidade de assistência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “No momento, mais de 300 pessoas precisam de leitos, sendo que 100 destes pacientes aguardam transferência para a UTI”, revelou.
Diante do cenário, o secretário Carlos Lula pediu, ainda, apoio da Câmara Federal para a revisão do orçamento do Sistema Único de Saúde para 2021. “Teremos 43 bilhões de reais a menos do que em 2020. Chegamos ao mesmo patamar que em 2019, mas a situação é muito mais grave. Estados pedem socorro. É preciso financiamento adequado para adaptar a rede assistencial”, reforçou.
A relatora da Comissão, Carmen Zanotto, revelou preocupação que a situação do Amazonas ocorra em outros estados do país. Ela destacou, ainda, a situação em municípios do Pará, a mudança em poucos dias do cenário epidemiológico dos locais atingidos pela segunda onda e garantiu apoio para um novo financiamento necessário ao combate à pandemia.
A pandemia é uma realidade massacrante e algumas pessoas não se dão conta de que não podem brincar com o vírus, pois fazendo isso colocam em risco não só suas próprias vidas, mas também a, das outras pessoas. Não podem seguir o Conselho de Bolsonaro e sair por aí enfrentando o vírus de peito aberto como defende o negacionista do Planalto. No bairro Fé em Deus, está havendo a saída de um bloco aos sábados com dezenas de pessoas sem máscaras, e perto uma das outras e são estas pessoas que no futuro próximo podem ocupar os leitos de hospitais além de sobrecarregarem os profissionais da saúde que tbm correm o risco de se infectarem tratando dos doentes. Precisamos ter consciência do momento atípico que estamos vivendo.
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