sexta-feira, 30 de abril de 2021

Sputnik: sem o imunizante russo, campanha brasileira terá 9% menos doses



A ausência da vacina russa Sputnik V, contra Covid-19, no programa de vacinação brasileiro neste 2021, reduziria em quase 9% o quantitativo de doses esperado para o ano, de acordo com o cronograma do Ministério da Saúde atualizado ontem, quarta-feira, 28.

Na projeção do governo federal são esperadas, até dezembro, o total de 532,9 milhões de doses de imunizantes que já contam com algum tipo de aprovação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Sputnik V tinha, ao menos, 47 milhões de doses prometidas para os estados e o governo federal. Considerando 10 milhões compradas pelo Ministério da Saúde e outras 37 milhões com pedido de importação protocolado junto à Anvisa. Do total, por volta de 29,6 milhões tiveram o pedido de autorização da importação recusado pela Anvisa. Os outros pedidos devem ser analisados em breve, porém, tendem a esbarrar nas mesmas limitações, se não houver complemento de documentos.

Cabe dizer que a decisão não é definitiva, uma vez que as dúvidas levantadas pela Anvisa sejam sanadas — por meio dos documentos solicitados —, é possível que ocorra importação e aprovação do imunizante. Na última segunda-feira, 26, a agência sanitária brasileira negou pedidos de importação da vacina diante de uma série de pareceres técnicos que levantaram questionamentos sobre falhas em etapas de produção e estudo que comprometem a análise da segurança e eficácia do fármaco. 

Nesta quinta-feira, 29, os fabricantes da vacina afirmaram que iriam iniciar um processo judicial contra a agência por declarações incorretas e enganosas. O motivo do embate seria a presença de um adenovírus replicante na composição do fármaco, informação o que os produtores dizem estar incorreta. Um pouco mais tarde, a Anvisa reafirmou sua posição e exibiu áudios de reuniões em que a questão foi discutida entre as partes.


FONTE: Veja

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