quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Cadeia produtiva da mandioca pode gerar emprego e renda para quase 50 mil pessoas no Maranhão, afirma Simplício Araújo

 


O secretário de Estado de Indústria, Comércio e Energia (Seinc), Simplício Araújo, esteve, na manhã desta terça-feira (25), na fazenda Zé do Ouro e nas instalações da fecularia CIBUS, ambas geridas pela empresa Maná Alimentos, em Araripina/PE. O empreendimento é a matriz que servirá de modelo para a fábrica que será instalada pela empresa em Humberto de Campos, no Maranhão. 

A visita teve o objetivo de seguir acompanhando as tecnologias e o processo produtivo que garante fomento à cadeia produtiva da mandioca em Pernambuco. A ideia é aplicar o modelo em Humberto de Campos, município que vai receber uma fecularia, viabilizada recentemente por Simplício Araújo. As tratativas com a empresa foram iniciadas no ano passado. 

“A chegada da fecularia em Humberto de Campos vai permitir que 30 ou até 50 mil famílias entrem nesse arranjo produtivo da cadeia da mandioca, com segurança, mais produtividade e estabilidade. Produção vira produto, produto atrai emprego, emprego vira renda e a gente fica mais feliz”, declarou Simplício Araújo.

Fazenda Zé Ouro

A Fazenda Zé do Ouro possui cerca de 400 hectares de área plantada e tem capacidade para produzir 15 toneladas de mandioca por hectare – podendo chegar a até 30 toneladas por hectare. O adubo é orgânico, oriundo da própria mandioca. Toda produção é destinada à fecularia, para o processamento da fécula, que pode ter diversos tipos de uso. 

Já a fecularia conta com uma área plantada de 400 hectares de mandioca e está ampliando a produção da indústria, de 200 para 400 toneladas. A indústria também conta com auditório, área de convivência, cozinha, banheiro, sala de reunião, área de pesquisa e desenvolvimento, laboratório, sala de gerência e contabilidade, estoque, entre os galpões de processamento da mandioca.

Segundo o produtor pernambucano Edlano Pereira, antes da fecularia a realidade era totalmente diferente na região. “Com a chegada da indústria e parceria com a Ambev, hoje planto 200 hectares, há 10 anos eu plantava 20 hectares. O preço para o agricultor estabilizou e temos onde plantar se a produção aumentar”. 

O também produtor pernambucano Silvano Coelho conta que, antes da chegada da fecularia, a mandioca do Estado era destinada somente para a produção de farinha. 

“Novos mercados abriram para a gente, porque antes produzíamos apenas para as casas de farinha. Hoje, podemos produzir mais e temos preço e mercado garantido para nossos produtos, podendo melhorar a qualidade de vida de todos os produtores do interior do Pernambuco”, detalhou. 

Fecularia no Maranhão

Com produção de fécula de mandioca e ração animal, a instalação industrial terá um investimento inicial de R$ 10 milhões. A Maná Alimentos estima capacidade de produção de cinco toneladas por hora, com a meta de 100 toneladas/dia. 

A primeira etapa de conclusão da fecularia no Maranhão está prevista para esse ano, e vai focar na produção de fécula para Ambev (Cerveja Magnífica). A previsão é de geração de mais de 1000 empregos diretos e indiretos. 

Atualmente, o projeto da Cerveja Magnífica já beneficia mais de 15 mil famílias no Maranhão.

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