terça-feira, 29 de março de 2022

SET repudia decisão radical do Sindicato dos Rodoviários de paralisar 100% da frota de ônibus


O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de São Luís (SET) esclarece que não compactua com as decisões tomadas pelo Sindicato dos Trabalhadores (Sttrema), que mais uma vez deixa a cidade sem ônibus, prejudicando o comércio e toda a população, e descumprindo ainda uma decisão judicial.

Esclarece que tem estado em todas as negociações para buscar uma saída para o problema, que vem se arrastando desde outubro, e ainda não teve uma solução definitiva por parte do Poder Público.

Na greve geral feita pelos trabalhadores, em outubro passado, a Prefeitura de São Luís reconheceu que não haveria como as concessionárias operarem o sistema, já com grande déficit, sem um aporte de valores para compensar as perdas.

O subsídio concedido pelo município entre novembro de 2021 a fevereiro de 2022 elevou a tarifa de remuneração do sistema (que não é a tarifa cobrada ao passageiro, mas a de pagamento do contrato) para R$ 4,40. Agora, com a retirada do subsídio e aumento de 20 centavos no preço da passagem, a tarifa de remuneração baixou para R$ 4,15. Ou seja, o usuário foi penalizado, mas o problema só foi agravado.

As concessionárias foram surpreendidas por um aumento de 20 centavos e a retirada de 40 centavos de subsídio. Isso significa que a situação para fazer alguma proposta de reajuste salarial está pior que em novembro. Mesmo com os 20 centavos, existe hoje um déficit enorme que não dá pra cumprir nem com o acordo que foi feito em novembro passado.

A situação é crítica, e os envolvidos precisam sentar e resolver essa situação, que não é isolada. É uma realidade do custo do transporte em todo o Brasil, que já elevou o valor da tarifa para mais de 5 reais em diversas capitais. Uma das principais causas do problema em todo o Brasil é a alta absurda no preço dos combustíveis.

É impossível se fazer qualquer reposição salarial num ambiente como esse, onde o diesel não para de subir e os ajustes foram insuficientes para resolver os problemas do sistema. Estamos à disposição para operar com 60% da frota ou o que a justiça determinar.

Para o SET a radicalização é sempre ruim para todos. Uma decisão judicial precisa ser obedecida, observada. Apelamos aos trabalhadores, que venham trabalhar, pois as garagens estão de portas abertas para recebê-los, e para que o usuário não fique nessa situação precária, que já vem se arrastando por tanto tempo.

Conclamamos os responsáveis para que tenham uma iniciativa diferente, e tragam uma solução definitiva para o problema.

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