quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Candidatos 'bolsonaristas raiz' terão dificuldades para se eleger pela conjuntura política no Maranhão


Apesar de Jair Bolsonaro (PL) ter alcançado mais de 800 mil votos no Maranhão em 2018, não há nenhum autodeclarado deputado conservador entre 18 deputados federais e 42 deputados federais maranhense, o chamado “conservador raiz”. Mesmo com uma quantidade de opções razoáveis neste ano e com a proposta de reeleição do presidente, ainda com um certo prestígio por parte da população brasileira, há o risco de que mais uma vez o Maranhão fique sem um representante para defender suas bandeiras mais conservadoras nos próximos quatro anos. A única saída para a eleição é a união entorno de uma candidatura, o que não deve acontecer.

Nas eleições deste ano cerca de 10 candidatos apresentam-se como apoiadores ferrenhos de Jair Bolsonaro e da linhagem do candidato à reeleição. Entre os mais famosos, estão Coronel Monteiro e Pastor Silvio Antonio (ambos do PL), Allan Garcês (PP), Mariana Carvalho e Flávia Berthier (as duas do PSC).

Por conta das composições partidárias e da lei eleitoral, Monteiro, Silvio Antonio e Garces precisariam superar a barreira dos 130 mil votos para assegurar a vaga. Nas últimas três eleições, apenas em 6 vezes candidatos conseguiram superar esta marca.

O PL deve eleger no máximo 3 deputados federais, talvez 2. Contudo, nenhum deles deve ser o chamado "bolsonarista raiz". Além de Josimar de Maranhãozinho e da esposa, Detinha, Josimar que tem uma certa ligação com Bolsonaro, mas não comunga 100% com os ideias conservadores, o PL tem ainda na disputa os deputados de mandato Pastor Gil e Junior Lourenço, ambos que mantém uma ligação harmoniosa com o presidente, mas não têm as suas eleições garantidas, pelo contrário, com a entrada de Detinha muito provavelmente um deles não deve se eleger, talvez os dois fiquem de fora. Também figura entre os concorrentes o ex-vice-prefeito de Caxias, Paulo Marinho Júnior, correndo por fora. A situação de Coronel Monteiro e Silvio Antonio é muito delicada e uma votação razoável pode não eleger nenhum dos dois, mas garantir mais aliados de Josimar eleitos.

Allan Garces conta com menos concorrência no próprio partido, o PP. No entanto, a legenda deve eleger apenas um representante. André Fufuca, presidente da legenda no estado, é visto como favorito. Além de superá-lo, Garcez também precisaria ter votação maior que Amanda Gentil, filha do prefeito de Caxias, Fabio Gentil. A cidade é a quinta maior cidade do estado, contudo Amanda Gentil não deve se eleger, ficando a única vaga com André Fufuca mesmo.

É BOM  LEMBRAR QUE LULA LIDERA NO MARANHÃO COM GRANDE MARGEM DE VOTOS, ACIMA DOS 60%, EM TODAS AS PESQUISAS EXPOSTAS, O QUE É UM OUTRO GRANDE DESAFIO PARA BOLSONARISTAS

POSSIBILIDADES

Entre os candidatos bolsonaristas, Mariana Carvalho e Flávia Berthier foram as que escolheram melhor o partido para a disputa da eleição. O PSC, que faz parte da base de apoio do presidente, conta com apenas um deputado federal de mandato e não tem nenhum supercampeão de votos como que ultrapassa a barreira dos 110 mil votos, como no PP e PL. Dessa forma, contando com os outros 15 candidatos da chapa, uma votação de 80 mil votos, SERIA suficiente para disputar a vaga.

Entre as duas, Mariana Carvalho já possui experiência de ter participado de eleições em 2018 e 2020. Ela foi a primeira candidata bolsonarista a atingir um nível de volume de campanha nas ruas e foi responsável, sozinha, pela criação do primeiro comitê de apoio a Bolsonaro no Maranhão.

Enquanto Flávia Berthier tem dificuldades pela falta de experiência, Mariana Carvalho já viaja por duas, três cidades desde o primeiro dia da campanha. Nas redes sociais, Mariana Carvalho, que ocupou posto no governo federal durante a gestão de Jair Bolsonaro, também se destaca pela defesa do presidente, inclusive seguindo aquilo que o presidente Bolsonaro, candidato à reeleição apoia, como o uso de armas.

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