terça-feira, 27 de setembro de 2022

“Precisamos tirar a política das polícias”, afirma Flávio Dino

 


O ex-governador do Maranhão e candidato ao Senado Flávio Dino (PSB) disse em entrevista ao Poder360 que é necessário “tirar a política de dentro das polícias”. Segundo ele, “precisamos deixar claro para todas as polícias que quem anda com arma na cintura não pode colocar ideologia na frente”.

Dino é aliado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato a presidente da República. Lula já sinalizou que, se eleito, poderá colocá-lo em um ministério. O petista lidera as pesquisas de intenção de voto.

O ex-governador do Maranhão é cotado para assumir a pasta da Justiça em eventual novo governo Lula. Na entrevista, Dino disse que isso não está colocado.

“Se a gente ganhar a eleição presidencial, se eu me eleger senador, se o presidente Lula convidar, é muito ‘se’ no meio do caminho”, declarou o ex-governador.

“Eu sou muito prático. Eu sou taurino. Eu tenho pé no chão. Então, eu não coloco nenhum problema que não exista, objetivamente”, disse ele.

Hoje, os assuntos relacionados à segurança pública estão sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça. Lula já declarou que, se voltar ao Planalto, deve criar o Ministério da Segurança Pública.

Na entrevista, Dino defendeu a formatação atual.

“O combate à impunidade […] depende da atuação conjunta das polícias, com o Ministério Público e o Poder Judiciário, que são instâncias independentes, mas o Ministério da Justiça pode e deve conduzir o diálogo com tais instituições”, declarou o ex-governador.

“Acho importante que essa integração orgânica seja mantida, de Justiça com segurança pública. Me parece que isso dá mais funcionalidade, mais eficiência”, disse ele.

Flávio Dino, 54 anos, governou o Maranhão de 2014 ao início de 2022, quando deixou o cargo para se candidatar ao Senado.

Antes, de 2007 a 2011, foi deputado federal. Todas suas eleições foram pelo PC do B. Dino deixou o partido e se filiou ao PSB em 2021. De 1994 a 2006, foi juiz federal. Também é professor de direito.

A entrevista foi gravada na manhã de 2ª feira (26.set.2022), por videoconferência.


Fonte: Poder 360

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