terça-feira, 25 de outubro de 2022

Abstenção é maior no 2º turno desde 2002

 


O percentual dos que não votaram no primeiro turno de 2022, de 20,95%, ou 32,77 milhões de eleitores, foi o mais alto nesta rodada de votação nas eleições presidenciais desde 2002.

Em tese, reduzir essa abstenção ao convencer esses eleitores a irem agora às urnas poderia ajudar Lula e Bolsonaro a conquistar os votos necessários para ganhar.

Mas o problema é que acontece justamente o contrário. Historicamente, o número de eleitores que não votam aumenta no segundo turno.

No período analisado, entre 2002 e 2018, a abstenção no segundo turno cresceu no mínimo 0,97 ponto porcentual, em 2018, e no máximo 3,35 pontos, em 2010.

Cientistas políticos explicam que isso acontece porque a maior parte dos que não votam no primeiro turno costumam fazer o mesmo no segundo, e outra parte dos eleitores acaba se desmotivando, porque o candidato que escolheram não passou para o segundo turno.

Ou ainda porque as eleições locais foram totalmente resolvidas na primeira votação, o que gera menos mobilização para levá-los a votar.

"Em Estados onde há segundo turno para governador, o comparecimento tende a ser 2,5 pontos percentuais maior do que nos Estados onde não há", diz o cientista político Fernando Meireles, pesquisador do Centro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Neste aspecto, parece haver um equilíbrio entre os dois candidatos. Nos 15 Estados onde a eleição para o governo local foi decidida no primeiro turno (e a abstenção tende a ser maior), Lula ganhou em oito e Bolsonaro, em sete. Nos outros 12 que terão uma nova votação (e mais eleitores devem votar), cada um chegou à frente em seis.


Fonte: BBC

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