Um levantamento do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontou que, de 1º de janeiro a 11 de outubro, o Brasil registrou uma morte diária entre crianças de seis meses a cinco anos diagnosticadas com covid-19. Segundo a entidade, o cenário, que totalizou 314 óbitos no período, acontece em meio à baixa adesão do grupo à vacinação.
Dados do Ministério da Saúde, por exemplo, mostram que apenas sete em cada 100 crianças de três e quatro anos receberam as duas doses da vacina contra covid. Das 5,9 milhões de crianças na faixa etária, somente 1.083.958 tomaram a primeira dose, enquanto 403.858 completaram a imunização com a segunda aplicação.
“Com vacinas disponíveis, podemos considerar a covid-19 uma doença imunoprevenível. Isso significa que essas mortes podem ser evitadas com uma política pública de vacinação em massa”, avalia a coordenadora do Observa Infância da Fiocruz, Patricia Boccolini.
A queda na taxa de vacinação infantil vem sendo pautada quase semanalmente. Em outubro, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontou que o Brasil passou de 93,1% de adesão vacinal, antes da pandemia, para 71,49% atualmente. O número, que também envolve imunizações contra sarampo e poliomielite, coloca o país entre as dez nações com menor cobertura vacinal do mundo.
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